Coriza, tosse seca e persistente, febre, apatia e falta de apetite são sintomas; existe tratamento para a cura e vacina de prevenção
Com a chegada do outono, as temperaturas mais amenas e o aumento da umidade favorecem a propagação de doenças respiratórias, não apenas em humanos, mas também nos animais de estimação. Entre os cães, um dos problemas mais recorrentes nesta época do ano é a traqueobronquite infecciosa canina, mais conhecida como tosse dos canis.
Altamente contagiosa, essa doença respiratória afeta cães de todas as idades e é causada principalmente pela bactéria Bordetella bronchiseptica. Ela se espalha com rapidez, especialmente em ambientes com grande circulação de cães, como canis, creches, hotéis, pet shops e parques. “Essa é uma enfermidade que se alastra facilmente entre os cães em locais com aglomeração, e os tutores devem ficar atentos aos sinais”, alerta a médica-veterinária Patricia Guimarães, Coordenadora de Serviços Técnicos da Unidade Pet da Vetoquinol Saúde Animal.
Como a tosse dos canis é transmitida?
A doença é transmitida:
- Pelo contato direto entre cães saudáveis e contaminados;
- Por objetos de uso diário, como camas, cobertores, brinquedos, comedouros e bebedouros;
- Pela saliva, secreções ou gotículas suspensas no ar, liberadas por tosse ou espirro.
Sintomas mais comuns
- Tosse seca e persistente
- Coriza
- Febre
- Apatia
- Falta de apetite
Filhotes, cães idosos e animais que vivem em ambientes coletivos estão entre os mais vulneráveis. Em casos raros, a doença também pode ser transmitida para humanos, especialmente pessoas com o sistema imunológico comprometido.
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Como prevenir
De acordo com especialistas, os casos tendem a aumentar durante o outono e o inverno, quando os pets costumam permanecer em ambientes mais fechados e com menos circulação de ar. Para evitar o contágio, é fundamental:
- Higienizar regularmente os objetos e o ambiente do pet;
- Garantir boa ventilação nos espaços onde os cães convivem;
- Vacinar o animal contra a tosse dos canis — a forma mais eficaz de proteção.
“A vacina não impede completamente a infecção, mas reduz significativamente os sintomas e o tempo de recuperação, além de ajudar a prevenir surtos entre animais que convivem juntos”, explica Patricia.
Existe tratamento?
Sim, existem alguns tratamentos específicos. Um dos medicamentos recomendados pela especialista é o Marbocyl® P, antibiótico à base de marbofloxacina, indicado para infecções bacterianas em cães e gatos. De acordo com a Vetoquinol Saúde Animal, o produto é seguro, palatável e pode ser usado por até 40 dias, sempre sob orientação de um médico-veterinário.
Caso o pet apresente sintomas, a recomendação é procurar atendimento veterinário o quanto antes. O diagnóstico rápido e o tratamento adequado são fundamentais para a recuperação do animal e para conter a disseminação da doença.