Em depoimento, funcionário terceirizado do aeroporto de Fortaleza afirmou que a caixa de transporte do animal estava aparentemente solta no porão de bagagem do avião
As investigações sobre a morte do golden retriever Joca durante o transporte pela companhia aérea Gol ganham novos desdobramentos. Em depoimento ao delegado que investiga o caso no Ceará, para onde o cão foi enviado por engano, o funcionário de uma empresa terceirizada que opera no aeroporto de Fortaleza informou que a caixa de transporte do animal estava aparentemente solta no porão de bagagem da aeronave, sem fita ou cinto de segurança.
Ao perceber que a caixa estava solta no bagageiro, o funcionário fez fotos que foram entregues aos investigadores do caso. As imagens vêm sendo divulgadas pela mídia.
Ao delegado do Ceará, o funcionário afirmou que teve contato direto com Joca assim que a aeronave pousou em Fortaleza. Disse também que o animal estava tranquilo no interior da caixa de transporte. No entanto, percebeu que o dispositivo não estava seguro por fita ou cinto.
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Sobre a possibilidade de a caixa onde estava Joca ter viajado solta no porão de bagagem, a Gol informou que “tem total interesse em esclarecer o caso e segue à disposição das autoridades que o investigam”. Comunicou ainda que mantém suspenso o transporte de cães e gatos no porão das aeronaves desde a morte do animal.
“Foi um choque para mim muito grande”, afirmou João Fantazzini, tutor do cachorro Joca. “Cada dia é uma surpresa, e parece que isso não vai acabar nunca.”
A Polícia Civil de São Paulo informou que “vai coletar novos depoimentos de funcionários do aeroporto e que laudos periciais estão em elaboração e serão analisados pela autoridade policial”.
Entenda o caso
O golden retriever Joca embarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos com destino a Sinop (MT). No entanto, ao invés de seguir para Sinop, o animal foi enviado por engano a Fortaleza (CE), retornou a Guarulhos horas depois e chegou morto ao seu destino. A viagem que deveria levar 2 horas e 30 minutos acabou durando aproximadamente 8 horas.
De acordo com o tutor de Joca, o veterinário havia dado um atestado indicando que o pet suportaria a viagem de 2 horas e 30 minutos.