Animal de 10 anos precisou corrigir um prolapso retal em procedimento complexo na clínica veterinária da PUC-Campinas
Uma mobilização especial reuniu profissionais e voluntários de Campinas para uma cirurgia pouco comum nesta terça-feira (24). O paciente? Antônio, uma anta de 10 anos e 200 kg, que vive no Bosque dos Jequitibás. O animal precisou passar por um delicado procedimento para corrigir um prolapso retal, uma condição que provoca muita dor e desconforto, segundo os veterinários.
A cirurgia, de alta complexidade, está sendo realizada na clínica veterinária da PUC-Campinas, referência em procedimentos desse tipo. Segundo Leandro Elias Silva Biazzo, veterinário técnico responsável pelo tratamento, Antônio já passou por outros procedimentos no próprio bosque, mas os resultados não foram satisfatórios.
“Agora, em um centro cirúrgico equipado, a cirurgia poderá ser realizada de forma adequada, recebendo os cuidados necessários para a sua recuperação”, afirma Biazzo.
Conhecida por atender principalmente equinos, a clínica já acumula mais de 100 cirurgias em animais de grande porte, incluindo cavalos, pôneis, ovelhas e cabras. No entanto, Antônio não é o primeiro morador do Bosque a passar por lá. Madalena, outra anta e companheira de Antônio, também foi operada no ano passado. Infelizmente, ela faleceu no mês passado devido a complicações de saúde.
A cirurgia
A cirurgia de hoje está sendo cercada de cuidados. Antes de entrar na sala cirúrgica, Antônio passou por uma pré-sala de indução, onde recebeu medicação pré-anestésica. Essa sala foi especialmente preparada, com paredes acolchoadas e piso emborrachado, para garantir a segurança do paciente durante o processo de contenção. Já na sala cirúrgica, a mesa de operação tem ajuste de altura preciso, permitindo que os profissionais trabalhem com mais conforto e eficiência.
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Por se tratar de um animal silvestre, a cirurgia foi previamente agendada pelo Departamento de Proteção e Bem-Estar Animal da Prefeitura de Campinas. A clínica não recebe pacientes desse porte por livre demanda, sendo consultada antes para verificar a disponibilidade do centro cirúrgico.
A universidade, além de realizar esses atendimentos, também os utiliza para fins acadêmicos, contribuindo para a formação dos estudantes.