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Mãe de pet é mãe mesmo?

Para terapeuta, a similaridade entre mães de humanos e mães de pet deve ser vista sob a ótica do amor e do afeto

 

 

Mãe, tutora, dona, cuidadora. Seja qual for a denominação que as mulheres se deem em relação aos seus animais de estimação, o Dia das Mães é uma data oportuna para discutir este elo que Freud explica. Segundo relatos, o “pai da psicanálise” amava pets e realizava sessões acompanhados de Jofi, sua cadela da raça chow chow. Freud observava que a presença da cachorra parecia ter efeito calmante sobre os pacientes, o que auxiliava nos tratamentos.

“É interessante pensar na similaridade entre mães de humanos e ‘mães’ de pet pela via do amor e do afeto”, diz a terapeuta Miriam Ramos. Os pets, ressalta, ocupam um lugar de muito bem-querer e fazem parte da família.

Segundo a médica Flávia Guimarães, que tem quatro cachorros em casa, a relação com seus animais é sempre de amor. “É um amor bem parecido com mãe de humanos, porque é incondicional. Acredito que mais da parte deles do que da nossa”, afirma.

 

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Na dedicação intensa à medicina, Flávia pondera que a maternidade acabou não tendo espaço. “Então tenho filhos cachorros. Ninguém me julga e sabe do amor que sinto por eles”, completa.

A educadora Daniela Petroli tem “três filhas de quatro patas”: Chanel, Antonia e Kira, todas vira-latas e resgatadas. “Minha relação com elas é uma mistura de amor incondicional, responsabilidade e conexão profunda. Embora não sejam minhas filhas de verdade, acho que sou completamente responsável por todo o bem-estar físico e emocional delas. É algo muito próximo da maternidade.”

 

 

Embora ressalte que ser mãe de pet não é igual a ser mãe de filhos humanos, Daniela, ao contrário da médica Flávia Guimarães, já enfrentou muitos julgamentos. “Ainda sou julgada e acho que serei para sempre. Principalmente porque optei por não ser mãe de filhos humanos, carrego um peso ainda maior”, diz.

“Mas não trato cachorro como gente. A única comparação que eu faço é esta: assim como o filho humano, temos que zelar por suas necessidades específicas de cães.”

Em uma data especial, como é o Dia das Mães, a terapeuta Miriam Ramos considera oportuna uma homenagem às pessoas que se colocam de forma muito carinhosa e afetiva como “mãe de pet”. “Obviamente, é uma opinião pessoal, mas vejo nesta relação o maternar e a maternagem, que envolvem o cuidado daquele que não consegue fazer muitas coisas sozinho. É o caso do bebê, da criança pequena e do animal de estimação”, conclui.

 

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