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Crescimento do mercado pet cria novas oportunidades para empreendedores

Empresários da área encontram aumento da demanda por serviços especializados

 

 

O mercado pet no Brasil está em plena expansão, impulsionado por uma série de fatores que envolvem o aumento da adoção de animais e a mudança no perfil dos tutores, que agora buscam serviços mais qualificados e voltados ao bem-estar. Esse crescimento abre novas oportunidades para empreendedores, mas também impõe desafios, como a necessidade de profissionalização para garantir a segurança e a saúde dos animais.

De acordo com um estudo da Euromonitor International, o mercado pet brasileiro foi o segundo que mais cresceu no mundo em 2022, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. O relatório aponta que o setor movimentou mais de R$58 bilhões em 2023, com previsão de crescimento contínuo. Isso reflete o aumento da importância que os animais de estimação ganharam nas famílias brasileiras, elevando a demanda por produtos e serviços.

André Faim, empresário do setor pet, com negócios centrados no bem-estar animal, co-fundador da Lobbo Hotels e da plataforma de gestão de equipe e treinamentos Trabalhe pra Cachorro, comenta que a expansão do setor cria muitas oportunidades. Segundo ele, é essencial oferecer serviços de qualidade, além de capacitação para garantir o bem-estar animal. “O mercado pet não é apenas sobre atender à demanda de consumo. Precisamos nos preocupar com a segurança, conforto e saúde dos animais que estão sob nossos cuidados. O público está cada vez mais exigente, e isso requer de nós, empreendedores, um foco maior na capacitação e no atendimento especializado”, explica Faim.

A profissionalização do setor

Ao longo dos anos, o setor pet no Brasil passou por uma grande transformação, impulsionada pela mudança no comportamento dos tutores e pela exigência por serviços de qualidade. Antigamente, a maioria dos cuidados com animais de estimação se restringia a pet shops que ofereciam apenas banhos e tosas básicas, sem grande preocupação com a personalização ou o bem-estar do animal. Hoje, no entanto, a realidade é completamente diferente. Os serviços evoluíram para incluir práticas especializadas, como terapias comportamentais, creches com monitoramento constante e hotéis de luxo.

Um exemplo dessa evolução é o crescimento dos serviços de hospedagem para pets. Antes, os animais eram acomodados em gaiolas, sem muita interação ou estímulo. Atualmente, muitos hotéis para pets, como o Lobbo Hotels, oferecem acomodações individuais ou coletivas, áreas de lazer amplas e até mesmo monitoramento por câmeras, para que os tutores possam acompanhar a rotina de seus animais à distância. Isso reflete um novo padrão de cuidados que foca na saúde mental e física dos animais. “Hoje, os tutores não aceitam mais serviços que apenas ‘cuidem’ dos pets. Eles querem que seus animais se sintam em casa, com atividades e atenção”, destaca André Faim.

 

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Além disso, o aumento na busca por especialização impulsionou o desenvolvimento de clínicas veterinárias e hospitais com alta tecnologia. Procedimentos que antes eram realizados apenas em humanos, como tomografias e cirurgias a laser, agora são comuns no atendimento veterinário. Clínicas que aderiram a essa tendência garantem um serviço diferenciado e conquistam a confiança dos tutores. Essa profissionalização exige, por parte dos empreendedores, constante investimento em capacitação e infraestrutura de ponta.

Oportunidades e desafios

Outro aspecto importante dessa evolução é o surgimento de plataformas digitais que facilitam a gestão de serviços pet. Não faz muito tempo que agendar uma consulta ou um banho e tosa envolvia longos telefonemas e pouca organização. Hoje, aplicativos e plataformas permitem que os tutores façam tudo digitalmente, desde a marcação de horários até o acompanhamento da execução dos serviços.

Para o especialista, esse movimento proporciona maior comodidade tanto para os clientes quanto para os negócios, que conseguem gerenciar melhor suas operações. “A tecnologia melhora o fluxo do trabalho das equipes e ainda melhora a experiência do cliente. É um diferencial competitivo que quem deseja ter sucesso no setor precisa abraçar”, explica Faim.

No entanto, com a expansão do setor, também surgem desafios. A crescente regulamentação e as exigências de qualidade impõem demandas altas para novos empreendedores. Muitas vezes, é necessário um investimento inicial em infraestrutura, tecnologia e treinamento para garantir que as operações estejam de acordo com as normativas. Outro ponto delicado é a adaptação dos negócios à legislação de bem-estar animal, que se torna cada vez mais rígida. A falta de preparo pode resultar em multas e em perda de credibilidade com os clientes.

A chave para superar esses desafios está na inovação e na busca por profissionalização. Empreendedores que investem em treinamento de suas equipes, adotam tecnologias que facilitam a gestão e garantem o bem-estar dos animais estão mais bem posicionados para prosperar nesse mercado em crescimento. “O setor pet no Brasil é promissor, mas só aqueles que realmente entenderem as novas demandas dos consumidores e se comprometerem com a qualidade vão se destacar”, conclui André Faim.

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