Daniel Moreira Teles*
A ansiedade por separação acontece tanto com crianças como com cães. No caso aqui, vou falar sobre os cães. A ansiedade por separação aparece quando o cão se sente só e tem dificuldade de ficar sozinho. Nessas situações, ele chora, late, uiva…
Se pensarmos nos canídeos, os únicos solitários são os lobos-guarás; os demais são animais de matilha, e por isso, é raro os filhotes ficarem sozinhos. Quando os adultos saem para caçar, sempre fica um membro do grupo cuidando dos filhotes.
Com os cães (Canis familiaris), isso não é diferente (ou não deveria ser), uma vez que são descendentes diretos do lobo-cinzento (Canis lupus), e possuem muitos comportamentos semelhantes.
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Depois da pandemia, esse problema do “ficar sozinho” se agravou muito, já que muitos animais foram adotados e comprados nesse período em que as pessoas trabalhavam e estudavam de suas casas e não saíam para quase nada. Quando tudo voltou ao normal, as pessoas retomaram suas vidas fora de casa e os cães começaram a sofrer com a falta dos humanos, começaram a sentir a solidão.
Mas o que fazer se o seu cão estiver apresentando esses sintomas de ansiedade?
Nesses casos, deve-se aumentar as caminhadas com eles, principalmente em dias que você irá se ausentar por mais tempo.
O enriquecimento ambiental também ajuda bastante, como: deixar à disposição do cão alguns brinquedos que ele goste muito, mas que só tenha acesso nesses momentos; ossos, chifres e cascos bovinos para o cão se distrair. No caso do casco, pode-se recheá-lo para se tornar um atrativo maior. Outra opção interessante são as bolinhas onde se coloca ração/petiscos dentro. Brinquedos ajudam a entreter os pets e a passar o tempo.
Outra ação que ajuda a reduzir essa solidão é pegar uma roupa do tutor, ou bichinho de pelúcia que tenha o cheiro do tutor, e colocar na caminha do pet quando sair. Rádio ou TV ligados também ajudam nessas horas. O ideal é tentar achar algo que reduza essa ansiedade e, claro, quando chegar em casa, fazer carinho e dar atenção para o seu pet.