Erros na dosagem de medicamentos colocam a saúde dos pets em risco

Sub e superdosagens representam riscos significativos à saúde dos animais; a administração correta e o acompanhamento profissional são indispensáveis

 

A administração correta de medicamentos em cães é uma etapa fundamental para o sucesso de qualquer tratamento veterinário. No entanto, muitos tutores ainda enfrentam dificuldades na hora de oferecer comprimidos aos seus pets, o que pode levar a erros perigosos, como a sub ou superdosagem.

Segundo a médica-veterinária Patricia Guimarães, Coordenadora de Serviços Técnicos da Unidade Pet da Vetoquinol Saúde Animal, esses erros são mais comuns do que se imagina e podem comprometer seriamente a saúde dos animais.

“Oferecer a dose errada de um remédio, seja menor ou maior do que o prescrito, pode impactar diretamente na eficácia do tratamento e até colocar a vida do animal em risco”, alerta.

 

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Cortar comprimidos: um desafio comum

Um dos principais problemas está relacionado ao momento de fracionar os comprimidos. Muitos tutores recorrem a cortes manuais ou com objetos domésticos, o que muitas vezes causa o esfarelamento do comprimido e compromete a divisão exata da dose.

Quando a dose administrada fica abaixo do necessário, ocorre a subdosagem , ou seja, o organismo do cão não recebe a quantidade suficiente do princípio ativo, o que pode prolongar a doença ou favorecer a resistência bacteriana. Já a superdosagem, quando o animal ingere mais medicamento do que deveria, pode provocar desde efeitos colaterais leves até casos graves de intoxicação ou morte.

O perigo dos medicamentos humanos

Outro risco recorrente é o uso de medicamentos formulados para humanos em animais, prática que pode ser extremamente perigosa. “Muitos remédios de uso humano são tóxicos para cães e gatos. Basta uma pequena dose inadequada para causar reações adversas severas”, explica Patricia. “Ao menor sinal de comportamento estranho, vômitos, diarreia, apatia ou falta de apetite, o pet deve ser levado imediatamente ao veterinário.”

Ela reforça que a automedicação, mesmo com boas intenções, pode piorar o quadro clínico e que apenas o profissional capacitado pode prescrever o tratamento adequado.

Soluções para facilitar o cuidado em casa

Pensando em facilitar a rotina dos tutores e garantir segurança durante o tratamento, a indústria veterinária tem desenvolvido tecnologias para tornar a administração de medicamentos mais precisa. É o caso da tecnologia Vetabs, criada pela Vetoquinol. Os comprimidos com essa tecnologia possuem sulcos profundos que facilitam a divisão correta da dose e evitam o esfarelamento, o que garante uma quantidade homogênea do princípio ativo em cada parte.

Um exemplo é o antibiótico Cefaseptin®, indicado para o tratamento de infecções bacterianas em cães. Além de permitir um fracionamento preciso, o medicamento é palatável, o que facilita sua aceitação pelos animais.

Cuidados e responsabilidade

A administração de medicamentos a pets deve ser feita com responsabilidade e sempre com a orientação de um médico-veterinário. “O bem-estar dos animais começa com o entendimento de suas necessidades e com o comprometimento dos tutores em seguir corretamente as orientações clínicas”, conclui Patricia Guimarães.

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