Ao planejar uma viagem, é fundamental não deixar o cachorro sozinho em casa, pois isso pode causar estresse, ansiedade e até problemas de saúde para o animal. Nesse contexto, um hotel para pets pode ser uma excelente opção. Esses estabelecimentos são preparados para oferecer um ambiente seguro, confortável e estimulante, garantindo que o cão receba cuidados adequados, alimentação, exercícios e, em muitos casos, interação com outros animais.
Todavia, no momento de escolher o hotel para o cachorro, a segurança, o conforto e o bem-estar do animal devem ser prioridades, como esclarece Walérya Mendonça, médica-veterinária e professora do curso de Medicina Veterinária da Anhanguera.
“É fundamental que os pets sejam bem cuidados na ausência de seus tutores, pois eles dependem de atenção, carinho e cuidados específicos para garantir sua saúde física e emocional. A ausência dos donos pode causar estresse e ansiedade nos animais, e um ambiente seguro e acolhedor ajuda a minimizar esses impactos. Além disso, a supervisão de profissionais qualificados assegura que o pet tenha suas necessidades atendidas, como alimentação adequada, exercícios e cuidados médicos, caso precise”, explica.
Abaixo, Walérya Mendonça lista algumas dicas para escolher o melhor hotel para o seu cachorro. Confira!
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1. Verifique a licença e as credenciais
O estabelecimento deve ser registrado e ter todas as licenças exigidas pelos órgãos locais de saúde e bem-estar animal. Certifique-se de que o local segue as normas exigidas pela legislação, além de oferecer profissionais qualificados para cuidar dos animais.
2. Infraestrutura adequada
O ambiente onde o seu animal ficará deve ser seguro, confortável e bem ventilado. Verifique as instalações, como os quartos e áreas de lazer. Procure por espaços amplos e limpos, sem riscos de fuga ou de acidentes. A área externa deve ser cercada adequadamente e a estrutura interna deve ser livre de objetos que possam representar perigo ao animal.
3. Equipe qualificada e experiente
Conheça a equipe que irá cuidar do seu pet. A qualificação dos cuidadores é fundamental. Verifique se os profissionais são experientes, têm conhecimento sobre comportamento animal e estão preparados para lidar com emergências, como problemas de saúde inesperados ou brigas.
4. Referências e avaliações
Pesquise sobre a reputação do hotel. Converse com outros tutores de cachorro que já utilizaram o serviço ou consulte avaliações online em sites especializados. Um bom hotel terá uma boa reputação entre os clientes, que irão compartilhar experiências positivas sobre a qualidade do atendimento e o cuidado oferecido.
5. Protocolo de saúde
Certifique-se de que o hotel exige a vacinação, vermifugação e controle e ectoparasitos dos animais. Também é importante que o estabelecimento tenha um protocolo claro para lidar com emergências médicas, incluindo acesso rápido a veterinários e medicamentos, caso necessário.
6. Atividades e entretenimento
Verifique se o hotel oferece atividades adequadas para manter o seu cachorro ativo e entretido durante a estadia. Caminhadas, brincadeiras e até mesmo treinamentos básicos podem ser parte da rotina, dependendo das preferências do pet. Isso ajuda a reduzir a ansiedade do animal, proporcionando uma experiência mais agradável.
7. Visitas e inspeção pessoal
Antes de deixar seu pet, agende uma visita ao hotel para conhecer as instalações e a equipe. Olhe se o ambiente é limpo e acolhedor. Durante a visita, observe o comportamento dos outros cães no local. Se estiverem calmos e bem tratados, isso é um bom sinal de que o local oferece cuidados adequados.
8. Comunicação durante a estadia
O hotel deve manter a comunicação com os donos, como atualizações diárias ou fotos do pet, para que você saiba como ele está se comportando. Isso oferece tranquilidade durante a sua viagem, sabendo que o animal está bem.
Estresse pela ausência do tutor
Priorizar a segurança do pet é optar pela tranquilidade durante a ausência e impacta diretamente no bem-estar do animal. “Quando um pet sente a ausência de seus tutores, ele pode apresentar uma série de sinais que indicam estresse e ansiedade. Entre os mais comuns, pode-se citar latidos excessivos ou miados, comportamento destrutivo, como roer móveis ou objetos, e alterações no apetite, seja pela recusa em comer ou alimentação excessiva”, explica Walérya Mendonça.
Ainda segundo a veterinária, o cachorro pode ter alteração de comportamento como apatia ou ficar muito agitado. “Mudanças no comportamento, como lamber excessivamente as patas ou se esconder em locais isolados, também podem ser indicativos de que o pet está sentindo a ausência de seus tutores. Essas reações podem variar de acordo com a personalidade do animal, mas, em geral, são sinais claros de desconforto”, afirma.