Bolinhas usadas no torneio viram abrigos para ratinhos ameaçados, um belo exemplo de sustentabilidade com propósito
Um dos torneios de tênis mais tradicionais do mundo, Wimbledon, esconde uma curiosidade que vai aquecer o coração de qualquer amante da natureza (e de pets também!): as bolas de tênis usadas durante a competição ganham uma segunda vida — como abrigo para uma das menores e mais ameaçadas espécies de roedores do Reino Unido, o rato-espigueiro.
Com apenas 5 a 7 centímetros e peso inferior ao de uma moeda, esses pequenos animais costumam construir ninhos esféricos entre gramíneas altas. Mas, com a intensificação da agricultura e a perda de habitat natural, essa tarefa ficou cada vez mais difícil. A saída? Reaproveitar o que a elite do tênis já não usa mais.
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Todos os anos, mais de 55 mil bolas são utilizadas durante o torneio. Enquanto parte é vendida para arrecadação de fundos, milhares delas vão direto para as mãos da Wildlife Trusts, rede de ONGs ambientais que, há 25 anos, dá um novo propósito ao material esportivo. Com um simples corte lateral e um suporte para fixação, as bolas viram mini casas seguras, usadas por fêmeas e filhotes como refúgio contra predadores.
Essa solução simples e genial já ajudou a preservar inúmeros ratinhos-do-campo, que estão na lista de espécies prioritárias de conservação no Reino Unido. Infelizmente, sua população caiu 70% nas últimas décadas.
E não para por aí: Wimbledon vem acumulando ações ecológicas, como a “parede viva” instalada em 2019 no Court 1 para atrair polinizadores e o incentivo ao uso de garrafas reutilizáveis entre jogadores e equipe técnica.
Uma bola que sai da quadra direto para salvar vidas. Sustentabilidade e amor à natureza podem, sim, andar de mãos dadas com o esporte — e com os pets também.
