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Verão pede cuidado redobrado com os pets

Altas temperaturas, insolação intensa e clima propício à proliferação de mosquitos, pulgas e carrapatos exigem algumas providências

 

 

Embora maiores volumes de chuva venham para amenizar as temperaturas no verão, que começa neste sábado (21), as ondas de calor previstas para os próximos três meses da estação vão exigir maior cuidado com a saúde dos animais de estimação. Assim como os tutores, os pets sofrem com as altas no termômetro. Por esta razão, médicos-veterinários recomendam providências que vão além da hidratação de cães e gatos.

De acordo com a empresa brasileira de meteorologia Climatempo, o verão que começa esta semana e se estende até 20 de março de 2025 deve alternar semanas de calor intenso com períodos chuvosos. Ao longo da estação, os dias devem ser marcados por maior variação de temperatura.

Da mesma forma que para os humanos, o verão traz alguns desconfortos para os pets. Cansaço excessivo, fraqueza, dificuldade de locomoção, respiração ofegante e salivação intensa e até vômitos podem ser indicativos de desconforto temporário, mas também de quadros mais graves, como hipertermia, condição em que o animal tem dificuldade para regular a temperatura corporal. Especialmente neste caso, há a necessidade de atenção clínica imediata.

 

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Para manter os animais saudáveis e confortáveis na nova estação, a médica-veterinária Tatiana Lembo, membro do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP), traz uma série de recomendações aos tutores.

A primeira providência, segundo a especialista, é disponibilizar água limpa e fresca o dia todo, tendo-se o cuidado de trocá-la regularmente. Recipientes que ajudem a manter a água em temperatura amena também são recomendados. Coordenador do curso de Medicina Veterinária do UDF (Centro Universitário do Distrito Federal), o médico-veterinário Victor Carnaúba indica ainda alimentos ricos em água, como melancia e melão, oferecidos com moderação e atenção às condições de saúde do animal.

Ajustes nos horários da ração, com preferência pelos períodos mais frescos do dia, e cuidado com os alimentos úmidos, que podem fermentar rapidamente sob altas temperaturas, contribuem para uma nutrição mais eficiente.

O passeio dos cães nunca deve ser feito nos horários mais quentes do dia, especialmente entre 10h e 16h, quando há maior incidência solar. “Antes do passeio, o tutor deve tocar o chão com a mão. Se estiver quente para ele, também estará para o pet”, afirma Tatiana. Em dias de muito calor, é aconselhável que a caminhada seja feita em locais arborizados e sobre a grama.

Em saídas de carro, é preciso tomar cuidado com a ventilação do veículo. Nesta situação, alerta Carnaúba, o pet está mais sujeito ao chamado “golpe de calor”. O especialista explica que a condição grave pode ser fatal e ocorre quando o corpo do animal superaquecido não consegue dissipar o calor adequadamente. “Jamais deixe seu pet em locais abafados ou expostos ao calor, como carros ou espaços fechados sob o sol”, alerta.

A soneca pede ambiente bem ventilado e protegido do sol. A médica-veterinária sugere, ainda, o uso de colchonetes gelados, disponíveis no mercado. “Podem ser excelentes alternativas para minimizar o desconforto causado pelo calor”, diz Tatiana Lembo.

O veterinário Victor Carnaúba recomenda também ventiladores e banhos mais frequentes, porém com moderação, como aliados no alívio do calor. “Use produtos adequados para não ressecar a pele e seque bem o animal após o banho para evitar fungos”, explica o coordenador do UDF.

Se para os humanos o filtro solar tornou-se questão de sobrevivência e prevenção, para os pets não é diferente. Cães com pelagem clara e áreas expostas, como focinhos, barrigas e orelhas, devem ser protegidos com produtos especialmente formulados para este fim. O cuidado também se aplica aos gatos de pelagem branca ou pele rosada. Raças braquicefálicas, como pug e buldogue, segundo Carnaúba, demandam ainda mais cuidado, pois são especialmente vulneráveis ao calor.

Os dias mais quentes também favorecem a reprodução de mosquitos, pulgas e carrapatos, o que torna cães e gatos mais suscetíveis a doenças transmitidas por parasitas. Se os animais já têm o esquema vacinal e a vermifugação em dia, é aconselhável que nesta época do ano haja um reforço com antiparasitários e aplicação de repelentes, sempre com orientação do médico-veterinário.

Entre as doenças mais prevalentes no verão estão a leishmaniose, transmitida pela picada da fêmea do mosquito-palha, que afeta o sistema imunológico dos cães. Também é preciso atenção com a dirofilariose, também conhecida como verme do coração, causada por mosquitos infectados que picaram um animal doente.

As alergias costumam tirar o sono dos pets e dos seus tutores. Nestes casos, a picada de mosquitos pode desencadear coceira, vermelhidão e inchaço na região afetada. Além disso, o animal pode se coçar de forma persistente e se ferir.

Com todos estes cuidados, os animais de estimação têm tudo para aproveitar ao máximo os dias de verão na companhia de seus tutores e sem sentir desconforto ou adoecer.

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