Internar um animal de estimação é sempre um momento delicado; especialista orienta como o tutor pode encarar a situação, participar ativamente do tratamento e influenciar diretamente em seu sucesso
De acordo com o médico-veterinário Dr. Igor Soffo, supervisor do Hospital Veterinário da UniMAX Indaiatuba (SP), a internação é um passo importante para o diagnóstico e estabilização de diversas condições clínicas, mas não deve ser encarada como uma solução isolada. “A maioria dos pacientes que são indicados para internação necessitam de exames laboratoriais e de imagem para um diagnóstico preciso. A presença de uma equipe veterinária 24 horas e uma estrutura adequada são fundamentais para um atendimento de qualidade”, afirma.
Pensando nisso, o especialista Igor Soffo listou oito cuidados essenciais que os tutores devem observar quando o pet precisa ser internado. Confira:
1. Entenda por que o seu pet precisa ser internado
A internação nem sempre está relacionada a um quadro grave. Ela pode ser indicada para observação após um trauma, antes de uma cirurgia, ou para controlar sintomas de doenças crônicas. É preciso compreender os motivos da hospitalização ajuda os tutores a colaborarem melhor com a equipe veterinária e a tomarem decisões mais conscientes.
2. Fique atento aos sinais de alerta
Dificuldade para respirar, convulsões, sangramentos, desidratação severa, dor intensa, perda de consciência e alterações neurológicas são sinais de que o animal precisa de atendimento imediato. Ele lembra que, mais rápida for a intervenção, maiores são as chances de recuperação.
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3. Escolha um hospital com boa estrutura
Antes de decidir onde internar o pet, é essencial verificar se a clínica ou hospital oferece atendimento 24 horas, presença constante de veterinários e estrutura adequada, com leitos, equipamentos de monitoramento e materiais individuais de higiene. A qualidade da infraestrutura pode impactar diretamente na recuperação do animal.
4. Pesquise a reputação da clínica ou hospital
Avaliações online, recomendações de outros tutores e referências de profissionais da área são formas confiáveis de escolher um bom local. Desconfie de preços muito abaixo do mercado e promessas de cura rápida. O foco deve ser sempre a qualidade do serviço.
5. Respeite os protocolos de internação
É comum que tutores esperem uma solução imediata, mas a internação é apenas uma etapa no processo de tratamento. O médico-veterinário alerta que “Biologia não é matemática. Nem sempre o paciente responde da forma esperada”. O acompanhamento, os exames e os cuidados complementares são fundamentais para o sucesso da recuperação.
6. Leve itens que deixem o pet mais confortável
Brinquedos, cobertores e objetos com o cheiro familiar podem ajudar o pet a se sentir mais seguro. Esses itens colaboram com o bem-estar emocional, mas precisam estar limpos para evitar qualquer risco de contaminação. Alguns hospitais também permitem que o tutor envie a ração habitual do animal.
7. Saiba lidar com a ansiedade da separação
Estar longe do pet, especialmente em um momento delicado, pode gerar ansiedade. Mas o melhor a fazer é confiar na equipe que está cuidando do animal. Buscar informações imprecisas na internet só aumenta o estresse e não ajuda. O ideal é respeitar os horários de visita e acompanhar os boletins médicos.
8. Acompanhe de perto o processo de alta
A alta só é concedida quando o animal está estável e apto a continuar o tratamento em casa. Nessa fase, os tutores recebem orientações sobre medicações, alimentação, repouso e datas para retorno. É importante essas recomendações à risca e, qualquer sinal de piora, deve ser comunicado imediatamente ao veterinário.
Cuidar de um pet internado vai além do atendimento clínico. Envolve atenção, responsabilidade e, principalmente, parceria com a equipe veterinária. Com informação e preparo, o tutor pode contribuir diretamente para uma recuperação mais tranquila e segura. Afinal, quando se trata da saúde de quem faz parte da família, todo cuidado é pouco.