Inovações prometem transformar o cuidado com pets e facilitar o trabalho de veterinários até 2025
A relação com os animais de estimação mudou drasticamente nos últimos anos. Os pets deixaram de ser apenas companheiros e passaram a ocupar o papel de membros da família, compondo o perfil de família multiespécie. Com isso, o investimento em saúde, alimentação e bem-estar dos animais nunca foi tão alto, acompanhado de uma evolução significativa na medicina veterinária, que agora incorpora tecnologia e inovação para oferecer cuidados mais especializados e eficazes.
No Brasil, o cenário reflete esse crescimento. Segundo dados do Instituto Pet Brasil em parceria com a Abinpet (Associação das Indústrias de Produtos para Animais de Estimação), os tutores gastam, em média, R$ 431,40 por mês com um cachorro e R$ 258,40 com um gato. Esses valores abrangem desde ração até serviços veterinários e estéticos, evidenciando a importância do setor.
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Entre as inovações que prometem transformar os cuidados com os pets até 2025, destaca-se a telemedicina veterinária. A modalidade permite consultas remotas, ampliando o acesso a especialistas, especialmente para tutores que vivem em regiões distantes ou têm dificuldades de mobilidade. “A telemedicina possibilita um atendimento contínuo, mais acessível e eficiente, garantindo o acompanhamento de condições crônicas e emergências com rapidez”, explica Luana Wandecy, CEO da startup Blindog.
Outra inovação são os dispositivos vestíveis, como coleiras inteligentes, que monitoram a saúde e as atividades dos pets em tempo real. Esses aparelhos não apenas ajudam os tutores a entender melhor a rotina dos seus animais, mas também fornecem dados valiosos para diagnósticos veterinários. “A Blindog, por exemplo, oferece uma coleira que auxilia cães com deficiência visual a evitar colisões, melhorando sua qualidade de vida e promovendo um estilo de vida mais seguro e saudável”, destaca Luana.
Na nutrição, empresas como A Quinta apostam em alimentação personalizada, desenvolvendo cardápios específicos para as necessidades individuais de cada animal, promovendo saúde e longevidade. Ferramentas de gestão, como o Pet Desk, também têm sido fundamentais, otimizando a administração de clínicas veterinárias com agendamento de consultas, gerenciamento de registros e comunicação eficiente entre tutores e profissionais.
Além disso, o uso de inteligência artificial e big data está revolucionando o diagnóstico de doenças em pets. Equipamentos de imagem, como ultrassons e ressonâncias magnéticas de última geração, permitem diagnósticos mais precisos e rápidos, possibilitando intervenções menos invasivas e mais eficazes.
Luana enfatiza que o sucesso do setor depende de incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento de novas tecnologias. “É fundamental estimular políticas que facilitem o acesso a investimentos e capital de risco. Assim, o Brasil pode aproveitar ainda mais as oportunidades trazidas pela tecnologia no cuidado com os pets, atendendo às expectativas crescentes dos tutores e garantindo o bem-estar dos animais.”
Com essas inovações, o setor de pet techs se consolida como uma área promissora, transformando a forma como cuidamos de nossos pets e ampliando as possibilidades para a medicina veterinária.