Novos residenciais contam com pet place e outras estruturas para os animais de estimação, mas na região de Campinas (SP) mais de 50% dos imóveis para locação não têm estrutura
Com status de “membros da família”, os animais de estimação vêm transformando a forma de morar dos brasileiros e, em grande medida, influenciando tendências no mercado imobiliário. “Hoje, 90% dos lançamentos residenciais contam com pet place e outros equipamentos”, afirma Mauro Macedo, CEO e founder da imobiliária homehunters.
O executivo, também diretor regional da ABMI (Associação Brasileira do Mercado Imobiliário), destaca, porém, que mais 50% dos imóveis disponíveis para locação na região de Campinas (SP), especialmente com mais de 10 anos de construção,não têm estrutura para o conforto dos pets e seus tutores.
O Brasil supera a marca de 160 milhões de pets. No levantamento atualizado pela Anbipet (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação) em conjunto com o IPB (Instituto Pet Brasil), são 62,2 milhões de cães, a maior população de bichos de estimação do País.
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Desde a pandemia, em 2020, quando a União Internacional Protetora de Animais registrou um aumento de 400% na adoção de pets, as incorporadoras intensificaram a busca por soluções ao considerar as necessidades dos novos “membros da família”. “A partir desta percepção, houve maior atenção à frequência de animais de estimação e àconvivência em condomínio”, ressalta Mauro Macedo.
Cada vez mais presentes nas casas e nos apartamentos dos brasileiros, os pets têm merecido áreas exclusivas nos condomínios. Há desde parques e áreas verdes até instalações internas, como pet care, para banho e tosa, agility, circuito projetado para estimular atividades físicas dos animais, e espaços destinados a brincadeiras e socialização. Todos esses equipamentos proporcionam conforto e segurança não apenasaos pets, mas também aos tutores, que não precisam sair do residencial para passear com o “melhor amigo”.
Ao revelar que mais de 50% dos imóveis para locação na região de Campinas, destacando-se o que foram construídos há mais de uma década, não dispõem de estrutura para os pets, Macedo observa que muitas vezes o tutor desiste de alugar o apartamento por entender que o animal não terá um espaço adequado para suas atividades rotineiras. Em muitos casos, pontua o CEO da homehunters, restrições quanto ao porte e às características do animal são decisivas para que não se feche umcontrato.
Da mesma forma que as incorporadoras aprimoram as soluções em seus lançamentos para receber os pets, Mauro Macedo considera que os condomínios, especialmente os que dispõem de imóveis para locação, precisam se reorganizar para otimizar a convivência com os animais de estimação. “Eles são parte da família e merecem ser acolhidos em espaços seguros e confortáveis, juntamente com seus tutores”, conclui.