Alerta para tutores: pets também podem ser diabéticos
Assim como os humanos, cães e gatos também podem desenvolver diabetes, uma doença endócrina que afeta a produção ou ação da insulina — hormônio responsável por regular os níveis de glicose no sangue. Embora não existam dados oficiais e centralizados sobre a prevalência da doença em animais de estimação no Brasil, estima-se que cerca de 14% dos pets possam ter diabetes.
“Embora possa afetar cães de qualquer idade, a diabetes é mais comum em animais mais velhos. Em gatos, o risco aumenta especialmente entre os obesos ou com histórico de problemas metabólicos”, explica a médica-veterinária Marcella Vilhena, gerente de marketing da Syntec.
Leia mais:
- Curiosidades sobre as orelhas dos cachorros que você nunca imaginou
- Domingo é dia de adoção de pets na Lagoa, em Campinas,SP
- Entenda a diferença entre crise epiléptica e epilepsia em pets
Apesar da ausência de dados precisos, profissionais da área veterinária relatam que a diabetes é uma doença relativamente comum em cães e gatos. A falta de números concretos se deve, em grande parte, à dificuldade de rastrear doenças em pets e à variabilidade com que os tutores procuram atendimento veterinário.
Reconhecer os sinais precoces da doença é fundamental para garantir um tratamento eficaz e melhorar a qualidade de vida do animal. Entre os principais sintomas, destacam-se:
Aumento da ingestão de água e da urina: o animal pode beber e urinar mais do que o normal;
- Perda de peso, mesmo com apetite preservado ou aumentado;
- Aumento do apetite: o pet pode comer mais do que o habitual;
- Cansaço excessivo e falta de energia;
Complicações visuais: em cães, a diabetes pode provocar catarata e até cegueira; em gatos, a perda de peso gradual e outras complicações podem surgir nos estágios avançados.
“Esses sinais indicam que algo não está funcionando corretamente no metabolismo do animal”, alerta Marcella. “Se o tutor perceber alterações comportamentais, no apetite ou no peso, é essencial procurar um veterinário.”
O diagnóstico é feito com base em uma avaliação clínica detalhada, histórico do animal e exames laboratoriais. Iniciado precocemente, o tratamento permite que o pet tenha uma vida longa, saudável e confortável.
“Com o acompanhamento adequado e ajustes na alimentação e medicação, é possível controlar bem a doença e proporcionar bem-estar ao animal”, finaliza Marcella Vilhena.