Henrique Fernando Dal Bianco*
Diferentemente do que apregoa a crença popular, a expressão “agosto mês de cachorro louco”, não tem qualquer ligação com a raiva canina.
A associação entre o mês de agosto e a raiva é antiga. De fato, as cadelas entram no cio em massa neste período do ano e os machos tornam-se mais agressivos na competição pelo acasalamento. Mas nada tem a ver com a doença em si.
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Com relação à raiva, considerada zoonose, mordidas e brigas entre cachorros durante o período de cio da fêmea podem transmitir a doença.
O contágio da raiva também se dá pelo contato com a saliva do animal doente durante uma mordedura, podendo ser transmitida tanto por cão quanto por gato.
Vale ressaltar que nem toda mordedura resulta na transmissão da raiva. Para que isso ocorra, é preciso que o animal esteja contaminado.
Sobre a manifestação clínica da doença, há variações de acordo com a fase em que a doença está. Em geral, o período da manifestação é curto e evolui rapidamente para o óbito.
Os sintomas mais comuns a serem observados são mudança de comportamento, fotofobia, salivação excessiva, anorexia, convulsão generalizada, paralisia, vômitos,cólica e latido rouco.
Os animas acometidos de raiva não são apenas cães e gatos, apesar de 80% dos casos advirem destes animais.
Mas como evitar que a raiva seja contraída? É importante que o animal seja vacinado em seus primeiros meses de vida, mais especificamente a partir do quarto mês, comreforço anual da vacina antirrábica em cães e gatos, que deve ser aplicada por médico–veterinário qualificado.
Considerando que a raiva é uma doença quase erradicada, alguns municípios não mais oferecem a vacina antirrábica. Mas é importante buscar informações junto ao centro de controle de zoonoses de sua cidade. Caso não seja possível vacinar os animais via órgão público, procure um médico-veterinário.