Data chama atenção para a baixa adoção, o abandono e a importância da conscientização
Você sabia que 17 de novembro é o Dia Nacional do Gato Preto? A data, celebrada hoje em todo o país, surgiu exatamente para jogar luz sobre um problema antigo, mas ainda muito atual: o preconceito que esses felinos enfrentam por causa de superstições. Mesmo em pleno século 21, crenças ultrapassadas continuam influenciando a forma como parte da sociedade enxerga os gatos pretos — e isso se reflete diretamente na dificuldade de adoção.
A origem desse estigma remonta à Idade Média, quando gatos pretos foram injustamente associados à má sorte e à bruxaria. Apesar de essas ideias não terem qualquer fundamento, elas atravessaram séculos e ainda impactam o destino desses animais. ONGs relatam que muitos gatos pretos são alvos de maldade em datas como Halloween, Sexta-feira 13 e Finados, períodos em que o risco de violência aumenta. Além disso, abrigos apontam que, embora não existam estatísticas oficiais, os felinos pretos estão entre os mais abandonados e menos adotados, seguidos dos “frajolas” e “tigrados”.
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O preconceito não se justifica em nenhum aspecto — inclusive no cuidado. Gatos pretos sem raça definida não exigem atenção especial: precisam das mesmas ações essenciais que qualquer felino, como vacinação em dia, ambiente seguro, alimentação adequada e acompanhamento veterinário regular. A cor da pelagem não interfere em comportamento, saúde, afeto ou capacidade de socialização.
Por isso, especialistas reforçam que educação e conscientização são as ferramentas mais importantes para combater essa discriminação histórica. O Dia Nacional do Gato Preto é um convite para refletirmos sobre o impacto das crenças que repetimos e para abrirmos espaço a uma visão mais responsável, acolhedora e livre de mitos. Quanto mais informação, maior a chance de transformar vidas, inclusive a dos felinos pretos que seguem à espera de um lar.



