Veterinária alerta que exercícios intensos sem preparo físico aumentam chance de lesões articulares
Basta visitar um parque público de uma grande cidade para perceber a diferença. Durante a semana, há poucos tutores caminhando ou correndo com seus pets, mas nos finais de semana o cenário muda completamente. O número de cães e pessoas circulando aumenta, mostrando que muitos guardam para o sábado ou domingo o momento de se dedicar às atividades físicas.
Esse é o caso de Anderson Lima, analista de recursos humanos. Ele e o labrador Jake costumam aproveitar os dias de folga para caminhadas longas ao redor da Lagoa do Taquaral, um dos pontos mais movimentados de Campinas para praticantes de corrida e caminhada. Durante a semana, no entanto, Jake faz passeios curtos, apenas no bairro onde a família mora.
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Embora o labrador nunca tenha apresentado problemas articulares, Anderson conta que vai rever alguns hábitos.
“Sempre achei que poderia ser bom reservar os passeios longos para o final de semana. Agora vou ficar mais cauteloso e mudar a rotina durante a semana para que ele não tenha problemas depois”, afirma.
A médica-veterinária Juliana Hirai, especialista em fisioterapia pet, explica que essa alternância entre sedentarismo e exercícios intensos pode trazer riscos para a saúde do animal.
“Quando o cão fica inativo durante a maior parte da semana e é submetido a passeios longos, corridas ou saltos de forma repentina, aumenta a chance de ruptura de ligamento no joelho. Isso acontece porque o animal não tem musculatura suficiente para estabilizar as articulações e absorver o impacto do esforço. Por isso é fundamental manter uma rotina regular de exercícios, fortalecendo a musculatura e prevenindo lesões”, alerta.
Segundo a especialista, exercícios moderados e frequentes ajudam o cão a manter condicionamento físico e reduzem o risco de lesões, tornando os passeios de fim de semana mais prazerosos e seguros.
