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Mercado pet amplia negócios e faturamento e não para de inovar

Brasil participa com uma fatia generosa no faturamento global com alimentos, acessórios e medicamentos, que chega a US$ 145 bilhões

 

 

Em 2013, o Censo IBGE indicava 24,8 milhões de domicílios com cães e gatos vacinados contra raiva. Em 2022, dados preliminares revelaram 90,7 milhões de casas com pets imunizados. Nesse mesmo ano, o faturamento mundial com alimentação, acessórios e medicamentos para animais de estimação chegou a US$ 145 bilhões, com relevante participação do Brasil. Em números, o mercado, de fato, é altamente promissor. Mas na jornada de muitos empreendedores e profissionais, o segmento pet não é apenas negócio, mas transformação de vidas.

O Brasil tem aproximadamente 1,87 pet por domicílio. Enquanto a população cresce a uma taxa média de 0,52% ao ano, com base no Censo IBGE de 2010 a 2022, a população animal aumenta 2,39% ao ano, de acordo com estatísticas do IPB (Instituto Pet Brasil) de 2018 a 2021.

No faturamento mundial de US$ 145 bilhões, somente com alimentação, acessórios e medicamentos para animais de estimação, o economista Eli Borochovicius destaca a participação do Brasil. “O País ocupa a terceira posição no ranking, com 4,95% desse mercado, atrás apenas dos Estados Unidos (43,78%) e da China (8,7%)”, diz.

Além do mercado de alimentação, acessórios e medicamentos, o economista chama a atenção para a performance de outros serviços, como hotéis, creches, estética, adestramento e também sepultamento e cremação. “De acordo com o IPB, o varejo do setor onde se enquadram as creches apresentou um crescimento no faturamento de 16,4% em 2022, chegando a R$ 60,2 bilhões.”

Em março deste ano, na cidade de Campinas, foi sancionada a Lei nº 16.522/2024 que autoriza o sepultamento de animais de estimação em jazigos de cemitérios municipais junto com seus entes. “A divisão funerária da autarquia da Prefeitura de Campinas, que é responsável pela administração e fiscalização do comércio em solo público, analisa a possibilidade da construção de uma área específica para esta atividade”, diz Borochovicius, apontando um potencial econômico.

Outro desempenho exemplar, destacado pelo economista, faz referência à Plamev Pet, maior empresa independente de planos de saúde e assistência para pet, que teve um faturamento próximo a R$ 20 milhões em 2022. “A empresa captou R$ 5,4 milhões em oferta pública com ações tokenizadas na nova Bolsa de Valores para pequenas e médias empresas brasileiras, a B4”, acrescenta.

Com a reforma tributária, segundo o especialista, a avaliação é que haja redução de custo com o gerenciamento de impostos, “e isso deve contribuir com o crescimento do setor”.

Eli Borochovicius destaca ainda o Projeto de Lei nº 3.202, de 2023, que propõe incluir as despesas veterinárias nas deduções da base de cálculo do IRPF (Imposto sobre a Renda de Pessoa Física) com gastos em saúde de animais domésticos que tenham a guarda devidamente registrada em cadastro nacional. “Este cadastro ainda não existe, mas deve ser realizado pelo Poder Executivo, caso a legislação seja aprovada”, conclui.

 

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