Algumas dicas, se praticadas durante alguns dias, fazem o pet perceber o carro como um local seguro e confortável
Pet no carro… Será que essa combinação dá certo? Latidos e miados em excesso, xixi no banco e falta de segurança são alguns dos principais incômodos que muitas pessoas encontram ao dar uma volta com o peludo – e, por conta disso, há quem opte por deixá-los em casa, tanto em saídas rápidas como em viagens mais longas. Mas a solução não precisa ser essa: algumas dicas, se praticadas durante alguns dias, fazem o pet perceber o carro como um local seguro e confortável – o que é muito importante, afinal, “dar carona” para o pet pode ser uma situação não só cotidiana, mas ainda emergencial, como quando o animal fica doente, por exemplo.
Antes de tudo, é preciso que o pet se acostume a estar no carro. Para isso, recorrer a medidas com o veículo ainda na garagem ajuda a trabalhar o condicionamento dele. Deve-se acostumá-lo de maneira gradual. De início, o tutor pode somente entrar no carro e ligar o motor. Quando o animal estiver confortável com essa rotina, é hora de tirar o veículo da garagem. Um próximo passo seria dar uma volta no quarteirão e ir aumentando gradualmente o percurso.
Isso deve ser praticado com qualquer pet, independentemente do porte, espécie ou personalidade. O treinamento com os gatos costuma ser mais trabalhoso por conta de seu temperamento, mas ainda assim deve ser feito da mesma maneira.
Equipamento Necessário
Ao transportar pets no carro, a segurança deve ser uma prioridade. Existem diversos tipos de equipamentos projetados para garantir que o animal esteja protegido e confortável durante a viagem. Um dos mais comuns é a caixa de transporte, ideal para animais de pequeno e médio porte. Ela deve ser espaçosa o suficiente para permitir que o pet fique de pé, se vire e se deite confortavelmente. A caixa é presa ao cinto de segurança, evitando que se mova durante o trajeto, e é excelente para animais que se sentem mais tranquilos em ambientes fechados.
Outro tipo de equipamento popular é o cinto de segurança para pets. Esse acessório é indicado para animais de maior porte ou para aqueles que preferem ficar mais livres dentro do carro. O cinto é preso diretamente ao peitoral do pet e ao cinto de segurança do veículo, garantindo que o animal esteja seguro em caso de freada brusca ou acidente.
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Além disso, existem também capas protetoras que oferecem uma segurança adicional ao criar uma barreira física entre o banco traseiro e o da frente, evitando que o animal se mova de forma inesperada durante o trajeto. Ela também protege o veículo contra pelos, arranhões e sujeiras, mantendo o ambiente mais limpo e organizado. Muitas capas são projetadas com materiais resistentes e antiderrapantes, garantindo que o pet fique confortável e seguro, sem comprometer a estabilidade durante a viagem.
Conduta no volante
Fazer do carro um local confortável para o peludo inclui, além do condicionamento e do equipamento adequado, mais algumas medidas preventivas. A começar pelo check-up do pet (e do veículo também, claro!), que deve estar 100% saudável, especialmente para aguentar as viagens longas. Outro cuidado imprescindível é manter o animal refrescado, mas sem exageros. É muito importante que o animal beba água antes de sair, mas não demais para não causar salivação excessiva ou até vômitos. E também levar água e manter o pet hidratado durante as paradas. Se possível, também deixe o ar-condicionado ligado para amenizar a temperatura no veículo, principalmente em trajetos com gatos e cachorros braquicefálicos (os animais de focinho curto), como Pug e Buldogue.
Também vale ressaltar que calmantes só podem ser recomendados pelo veterinário. Nunca dê remédios ao pet sem consultar um profissional. Ele poderá indicar, caso necessário, um sedativo ou remédio contra enjoo. E, para afastar a inquietação, o tutor também deve fazer a sua parte. Evite estimular ou causar ansiedade, como ficar chamando, a fim de que o pet permaneça tranquilo na viagem.
Lugar de PET não é na janela
Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, é considerada infração grave transportar animais na parte externa do veículo – e isso vale também para quem tem caminhonete: nada de pet na caçamba! A lei também não permite que o animal fique à esquerda do motorista ou entre os seus braços e pernas.
Tudo isso é importante para a própria proteção do pet, que deve ficar bem preso ao equipamento de segurança. Caso contrário, o animal oferece risco a todos os ocupantes e a si mesmo, pois em uma situação de impacto o veículo interrompe o movimento quase instantaneamente e o que está dentro dele, tende a seguir em frente.
Treino na prática
1) Acostume o peludo
Se o pet será levado na caixa, coloque petiscos dentro dela, dentro de casa. Mantenha nos primeiros dias sem a tampa e, quando ele se acostumar a entrar de livre e espontânea vontade, repita o processo com ela fechada.
2) Use reforço positivo
Quando o pet se aproximar ou entrar no carro (parado na garagem), ofereça petiscos ou um brinquedo com comida congelada. Depois que ele se acostumar, ligue o veículo e siga recompensando.
3) Comece aos poucos
As primeiras saídas com o peludo no carro devem ser curtas e rápidas, para ele sentir o balanço do veículo e ir se acostumando aos poucos com o local, com os equipamentos e todos os estímulos do trajeto.