Destruição de objetos, latidos excessivos ou automutilação podem ser sinais de ansiedade. Especialista ensina como identificar, prevenir e tratar o problema
Ansiedade em pets é mais comum do que se imagina, e pode comprometer seriamente a qualidade de vida de cães e gatos. Mudanças na rotina, ausência prolongada dos tutores, estímulos em excesso e até barulhos como fogos de artifício estão entre os fatores que podem desencadear esse desequilíbrio emocional.
“É muito comum os tutores relatarem que o pet destruiu objetos, começou a vocalizar de forma excessiva ou a urinar em locais inadequados. Esses são sinais clássicos de que algo não está bem do ponto de vista emocional”, explica a médica-veterinária Bruna Isabel Tanabe, gerente de produtos da Pet Nutrition.
A ansiedade de separação é um dos quadros mais frequentes. Nesses casos, o pet sofre ao ficar sozinho, mesmo por poucos minutos. Além disso, comportamentos compulsivos, como lamber insistentemente as patas ou se esconder, também podem indicar que algo está fora do normal.
O que fazer?
A primeira dica é observar com atenção e procurar ajuda profissional ao notar mudanças persistentes de comportamento. “O veterinário poderá orientar ajustes na rotina, no ambiente e até recomendar um adestrador ou terapia comportamental”, explica Bruna.
Uma das estratégias mais eficazes é o enriquecimento ambiental. Brinquedos interativos, atividades físicas, estímulos olfativos e circuitos de obstáculos ajudam a manter o pet mentalmente ocupado e a gastar energia de forma saudável — o que diminui os níveis de ansiedade.
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Outra aliada importante é a técnica do reforço positivo. Petiscos usados como recompensa incentivam comportamentos desejáveis e fortalecem o vínculo entre tutor e animal. “Os snacks oferecem um estímulo prazeroso e ajudam o pet a associar determinadas situações a experiências positivas”, diz a especialista.
Em casos mais graves, o veterinário poderá indicar acompanhamento com profissional especializado em comportamento animal e, quando necessário, o uso de medicamentos.
Ansiedade não é frescura
Além de causar sofrimento ao animal, a ansiedade afeta também a dinâmica da casa. Com paciência, carinho e orientação adequada, é possível ajudar o pet a superar essas dificuldades emocionais e viver com mais equilíbrio e bem-estar.