Método não invasivo e complementar aos tratamentos convencionais, a técnica conquista espaço na medicina veterinária integrativa com resultados surpreendentes
Dores crônicas, feridas que demoram a cicatrizar, inflamações, infecções e até doenças autoimunes: o que antes parecia desafiar os tratamentos convencionais, agora encontra reforço em uma técnica cada vez mais presente nos consultórios veterinários. A ozonioterapia para pets é uma abordagem complementar, considerada segura, acessível e eficaz, e que vem se consolidando como uma das grandes promessas da medicina veterinária integrativa.
A técnica consiste na aplicação controlada de uma mistura de oxigênio e ozônio medicinal no organismo do animal, por vias como inflação retal, injeções subcutâneas, aplicação tópica ou, em casos específicos, auto-hemoterapia. A médica-veterinária, acupunturista e ozonioterapeuta Paula Pedroso Cavalcante de Oliveira, da clínica Sintonia Pet, explica que o ozônio atua de forma anti-inflamatória, antimicrobiana e imunomoduladora. “Ele ajuda a reduzir dores, acelerar a cicatrização, combater infecções e até estimular a oxigenação dos tecidos, melhorando a regeneração celular”, detalha.
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Apesar de seus inúmeros benefícios, a especialista ressalta que a ozonioterapia não substitui tratamentos convencionais, mas os complementa, podendo inclusive diminuir o uso de medicamentos como anti-inflamatórios. “É uma aliada importante na busca por mais qualidade de vida aos pets, especialmente em quadros complexos como artroses, dermatites, hernias de disco ou doenças autoimunes”, reforça Paula.
Além dos resultados clínicos, outro ponto positivo é o conforto do paciente. “A técnica é considerada minimamente invasiva e, na maioria das vezes, indolor. Alguns animais podem sentir um leve desconforto, como uma sensação de gases, no caso da aplicação retal. Mas, de modo geral, é bem tolerada”, afirma.
A acessibilidade também vem aumentando. Segundo Paula, os valores variam conforme a região, tipo de aplicação e se o atendimento é domiciliar ou em clínica, mas a técnica já é considerada viável para muitas famílias. Contudo, o procedimento deve ser feito exclusivamente por veterinários habilitados, conforme regulamentação do Conselho Federal de Medicina Veterinária.
Apesar dos benefícios, há algumas contraindicações. A ozonioterapia não deve ser aplicada em fêmeas gestantes, animais com hipertireoidismo descompensado, crises convulsivas não controladas ou anemias severas. Nessas situações, o profissional avalia os riscos e indica as melhores alternativas.
Para quem quer entender mais sobre a técnica e mergulhar nas inovações da medicina veterinária integrativa, uma boa notícia: a ozonioterapia será um dos destaques do evento Terapêutica Pet, que acontece nos dias 17 e 18 de outubro de 2025, no Centro de Convenções Millenium, em São Paulo. A conferência é considerada o principal encontro do setor no país e reúne os maiores especialistas, técnicas, pesquisas e tendências sobre tratamentos integrativos para pets.
As inscrições estão abertas e podem ser feitas no site.