Alergia não é impedimento para a convivência com felinos; veja como minimizar os sintomas
Nesta semana, o mundo celebra o Dia Mundial dos Gatos, destacando a importância desses animais na vida de muitas pessoas. No entanto, para uma parcela da população, a convivência com felinos pode ser um desafio devido à alergia a gatos, uma condição que afeta entre 10% e 20% dos adultos globalmente, segundo a organização Allergy UK.
A alergia é causada pela proteína Fel d 1, presente na saliva, glândulas sebáceas e secreções dos gatos. Ao entrar em contato com o ambiente, essa substância pode desencadear sintomas como espirros, coriza e, em casos mais graves, crises respiratórias.
Alergia não está relacionada ao pelo
Julinha Lazaretti, bióloga e cofundadora da Alergoshop, explica que a ideia de que a alergia está ligada diretamente ao pelo do gato é um equívoco. “A proteína Fel d 1 se espalha pelo ambiente por meio dos pelos e secreções do animal, mas a causa da alergia não é o pelo em si”, esclarece a especialista.
Segundo ela, há formas de reduzir os sintomas e tornar a convivência mais confortável para os alérgicos.
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Mitos e verdades sobre a convivência com gatos
Gatos sem pelo não causam alergia?
Um dos mitos mais comuns é que gatos sem pelo, como a raça Sphynx, seriam hipoalergênicos. No entanto, Lazaretti esclarece que isso não é verdade. “Mesmo sem pelos, esses gatos continuam produzindo a proteína Fel d 1, que pode se acumular na pele e ser liberada no ambiente de outras formas, sem eliminar o risco de alergia.”
O corpo pode se acostumar com o tempo?
Muitas pessoas acreditam que a exposição contínua ao gato pode reduzir a reação alérgica. No entanto, a resposta varia de pessoa para pessoa. “O sistema imunológico pode continuar reagindo ou até piorar os sintomas com a exposição prolongada”, alerta Lazaretti.
A recomendação é adotar estratégias para minimizar o contato com alérgenos e buscar acompanhamento médico.
Conviver com gatos e alergia é impossível?
Apesar dos desafios, é possível conviver com gatos mesmo tendo alergia. Atualmente, existem produtos e hábitos que ajudam a controlar os alérgenos e reduzir os sintomas.
Um exemplo é a solução ADF Pet, que possui ação acaricida, fungicida e bactericida, diminuindo em até 86,7% a presença de ácaros no ambiente.
Além disso, a higiene do pet pode fazer diferença. “O uso de loções higienizantes, como banho a seco, auxilia na remoção dos alérgenos dos pelos e protege a pele do animal, reduzindo a queda excessiva de pelos e contribuindo para um ambiente mais seguro”, destaca Lazaretti.
Com medidas adequadas, é possível minimizar os efeitos da alergia e garantir uma convivência harmoniosa entre humanos e felinos.
Em 2024, o Brasil tinha cerca de 30 milhões de gatos, tornando-os o terceiro animal de estimação mais popular do país.
