Lambedura excessiva das patinhas pode ser sinal de ansiedade em cães, alerta veterinária

Comportamento comum pode indicar estresse e precisa de atenção dos tutores. Especialista explica como identificar e o que fazer para redirecionar a energia do animal

 

Quando a designer Camila Monteiro, de Campinas (SP), percebeu que sua golden retriever Luna, de 4 anos, lambia com insistência as duas patinhas da frente, imaginou que fosse apenas mania ou limpeza. Mas com o passar dos dias, o comportamento se intensificou. “Ela começou a lamber sem parar, às vezes até mordia, e a pele foi ficando avermelhada. Achei que fosse uma alergia, mas o veterinário explicou que era algo mais comportamental”, conta.

Segundo a médica-veterinária Juliana Hirai, especialista em fisioterapia pet, a lambedura constante das patas — principalmente as dianteiras — pode indicar ansiedade ou estresse. “Quando o cão está muito agitado, solitário ou ansioso, ele busca aliviar a tensão através desse movimento repetitivo. É um comportamento de autoconforto, mas que pode evoluir para feridas e inflamações se não for tratado corretamente”, explica.

Juliana orienta que os tutores observem com atenção. “Se o cão lambe muito as duas patinhas da frente, chegando a morder ou causar feridas, é importante investigar as causas. Muitas vezes não é apenas algo físico, mas emocional.”

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Para ajudar, a veterinária recomenda introduzir brinquedos interativos, como aqueles que exigem raciocínio para liberar petiscos, e aumentar o nível de exercícios físicos e estímulos mentais. “Essas atividades ajudam a redirecionar a energia do animal e reduzem o estresse. Um cão cansado é um cão mais equilibrado.”

Além disso, manter uma rotina previsível, com horários regulares para alimentação, passeio e descanso, faz diferença. “A constância traz segurança para o pet, que entende o que vai acontecer no dia. Isso ajuda muito no controle da ansiedade”, complementa Juliana.

Camila conta que, após seguir as orientações, o comportamento de Luna melhorou. “Comecei a levá-la para passeios mais longos e introduzi brinquedos de desafio. Hoje ela quase não lambe mais as patas. Foi um aprendizado sobre como o emocional deles é tão sensível quanto o nosso.”

A veterinária reforça o alerta: “Lamber as patinhas pode parecer algo pequeno, mas é o jeito do cão pedir ajuda. Quanto antes o tutor perceber, mais rápido o animal se recupera.”

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