Organização referência no acolhimento e reabilitação de cães com deficiência física completa sete anos de atuação, emocionando com histórias de superação
Criado a partir de um gesto de amor e da necessidade de dar voz e dignidade a cães com deficiência física, o Instituto Cão de Rodinhas chega ao seu sétimo aniversário como um verdadeiro símbolo de pioneirismo, empatia e transformação no cuidado animal. Fundado em 2018 por Larissa Tanaka Onuki, o projeto nasceu inspirado pela experiência com seu cãozinho cadeirante, Argos.
Ao vivenciar as dificuldades de adaptação e de acesso a informações adequadas para cuidar de um animal com deficiência, Larissa decidiu criar o Instituto com a missão de “trazer mais informações e conscientização sobre o dia a dia dos animais com deficiência”, como ela mesma define. Seu propósito era ajudar outros tutores que, assim como ela, enfrentavam barreiras e preconceitos, muitas vezes sendo orientados de forma equivocada à eutanásia ou ao abandono dos animais.
O Instituto acolhe casos diversos: pets surdos, cegos, amputados ou que desenvolveram limitações físicas em razão de atropelamentos, sequelas de cinomose, hérnias de disco, problemas congênitos ou idade avançada. Muitos desses animais são vistos pela sociedade de maneira estigmatizada, e o trabalho da ONG reforça a importância de promover a inclusão, livre de preconceitos, de pena ou de informações incorretas.
Com iniciativas espalhadas por todo o Brasil, o Instituto Cão de Rodinhas atua não apenas no acolhimento, mas também na disseminação de conhecimento e na sensibilização social sobre os direitos e a qualidade de vida dos animais com deficiência. Consciente dos desafios enfrentados por esses pets, Larissa reforça a importância da adoção responsável: “Sabemos que os pets com deficiência são os últimos na fila de adoção, por isso queremos reforçar a importância de uma adoção consciente e livre de preconceitos, levando o público a refletir sobre o compromisso necessário para oferecer qualidade de vida aos animais com deficiência”, completa a fundadora.
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Mais do que um abrigo, o Instituto é uma rede de apoio que atravessa fronteiras e transforma vidas. Prova disso são os inúmeros relatos de tutores impactados pelo trabalho da equipe, como o de Rita Pontes, de Rondônia. “Quando vimos o olhar do nosso Lázaro pela primeira vez, atropelado, tínhamos a certeza de que ele queria viver e que chegou até nós por um propósito. Conheci o Instituto Cão de Rodinhas pelo Instagram, desde então, as dicas, as orientações, a atenção, o carinho e ensinamentos ao Lázaro foram constantes”, afirma.
Além do acolhimento direto aos animais, o Instituto também atua como um centro de orientação e conscientização, multiplicando conhecimento e empatia. “O Instituto não visa benefício próprio, e sim ajudar quem precisa. No meu caso, meus cães são afilhados beneficiados. A Lari faz um trabalho de conscientização fundamental sobre os cuidados com animais especiais. É um projeto lindo que merece todo respeito e gratidão”, ressalta Arlete Consentino, de São Paulo.
Com o apoio de voluntários, veterinários e colaboradores de todo o país, a causa se fortalece dia após dia. Para Cristine Fabbris, do Paraná, o trabalho da fundadora Larissa foi essencial em um momento delicado: “Desde o primeiro momento, ela me acalmou, aconselhou sobre o que fazer e se fez presente durante todo o tratamento do Gil. O Instituto e a atenção e carinho da Larissa foram fundamentais na espera por um tutor”.
Em um cenário ainda marcado pelo abandono e pela invisibilidade dos animais com deficiência, o Instituto Cão de Rodinhas mostra que outra realidade é possível. Nestes sete anos de história, a organização reafirma que todo ser merece respeito, cuidados e uma chance de viver com dignidade.
Para quem quiser conhecer mais sobre o trabalho do Instituto e saber como contribuir com a causa, basta acessar o site oficial www.caoderodinhas.com.br, onde é possível acompanhar as ações, histórias inspiradoras e formas de apoio.
Histórias como essa precisam ser contadas, reconhecidas e valorizadas. Afinal, cada rodinha que se move é também uma roda de esperança que gira em favor da vida.