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Gatos x veterinário: Como tornar a visita menos estressante para o pet?

Estratégias simples podem tornar a consulta mais confortável para os felinos

 

Levar um gato ao veterinário pode ser um desafio para muitos tutores. Esses animais, conhecidos por sua sensibilidade a mudanças de ambiente e à presença de pessoas desconhecidas, frequentemente demonstram medo e estresse nessas situações. Esse desconforto pode tornar o momento da consulta mais difícil tanto para o pet quanto para o tutor.

De acordo com Marina Tiba, médica-veterinária e gerente de produto da Unidade de Animais de Companhia da Ceva Saúde Animal, a origem desse comportamento está relacionada à natureza territorial dos gatos. “Os felinos têm um forte apego ao ambiente que consideram seguro, ou seja, sua casa. Fora desse espaço, eles se deparam com estímulos desconhecidos — odores, sons e a presença de outros animais — o que ativa seu instinto de autopreservação e os faz sentir-se vulneráveis e ameaçados.”

Para atender a essas particularidades, muitos tutores têm procurado clínicas que adotam práticas do conceito Cat Friendly, desenvolvido pela Associação Americana de Medicina Felina. Esse conceito engloba medidas que melhoram o atendimento, o manejo e a ambientação dos espaços veterinários, sempre com foco no bem-estar dos gatos. Entre as práticas adotadas estão ambientes exclusivos para felinos, como salas de espera e consultórios, além do uso de feromônios sintéticos que imitam os odores que os gatos liberam quando se sentem seguros.

 

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Além de buscar clínicas que adotem esse tipo de cuidado, os tutores podem tomar outras medidas para tornar a visita mais tranquila. O transporte do gato é um dos primeiros pontos críticos de estresse. Por isso, é essencial escolher uma caixa de transporte confortável, ventilada e que faça o animal se sentir protegido. Marina recomenda acostumar o gato à caixa com antecedência, deixando-a acessível em casa com cobertores e brinquedos familiares. “Isso faz com que o gato associe a caixa a um local seguro”, explica. Borrifar feromônios sintéticos na caixa também pode ajudar a acalmá-lo durante o trajeto.

O horário da consulta também pode influenciar o comportamento do gato. Sempre que possível, o tutor deve optar por agendar a visita em horários menos movimentados, para evitar ambientes lotados e estressantes. Algumas clínicas oferecem horários exclusivos ou áreas separadas para gatos, o que pode ser uma boa opção para pets mais sensíveis.

Além disso, recompensar o gato com petiscos, brinquedos favoritos ou mantas com o cheiro do tutor pode ajudar a tranquilizá-lo antes, durante e após a consulta, tornando a experiência mais agradável e menos assustadora.

“Depois da visita, é fundamental oferecer ao gato um ambiente calmo para se recuperar. Permitir que ele descanse em um local seguro, sem estímulos excessivos, ajuda a reduzir o estresse acumulado”, explica Marina.

Embora levar um gato ao veterinário possa ser desafiador, com a preparação adequada e as estratégias certas, é possível tornar esse momento mais tranquilo e confortável para o pet. “Um manejo cuidadoso, aliado ao compromisso com a saúde do felino, garante consultas mais frequentes e menos temidas, promovendo o bem-estar do gato e fortalecendo o vínculo com o tutor”, conclui a especialista.

Adotar essas práticas faz toda a diferença, proporcionando cuidados veterinários mais confortáveis e seguros para os felinos.

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