Os felinos possuem algumas restrições quando o assunto é banho. Não somente pela rejeição usual dos gatos, mas também pelo seu bem-estar
Ser tutor de animais domésticos implica ter preocupações com a saúde e a higiene dos bichinhos. Por isso, os típicos banho e tosa fazem parte do imaginário dos “pais de pets” no quesito cuidado. Entretanto, nem todos os bichos devem receber banhos regulares, principalmente os gatos.
Segundo a médica veterinária Raísa Paiva, especializada em medicina de felinos, dar banhos frequentemente nos gatos sem indicação médica específica é contraindicado. Ela explica que os felinos não nasceram para tomar banho. “A língua deles faz todo o serviço, por isso ela é bem áspera — para fazer o processo de limpeza e ajudar na higiene pessoal”, esclarece.
Casos particulares
Contudo, existem algumas situações que exigem um olhar mais cuidadoso, como, por exemplo, os bichanos que moram em casa e se sujam frequentemente com terra ou algo do tipo. Nesses casos, o banho deve ser dado com shampoos neutros específicos para gatos, sem perfumes, uma vez que eles não gostam, e atrapalha o reconhecimento que eles fazem pelo olfato.
Os que moram em apartamentos podem tomar banhos no máximo a cada dois meses – assim como os gatos sem pelo, a exemplo do sphynx, por produzirem mais sebo.
Já os recém-nascidos, em especial, não devem tomar banhos, exceto aqueles que foram resgatados na rua. Paiva alerta que o ideal é esperar entre 30 a 40 dias para dar banhos nos filhotes.
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Algumas raças de gatos podem tomar banho com a frequência de uma vez ao mês. A exemplo dos bichanos de pelagem mais longa. “Para evitar que os pelos fiquem emaranhados e cause nós”, indica a médica veterinária Melyssa Shimamoto, do centro veterinário Nouvet.
Como ajudar na higienização dos felinos?
Além de seguir as recomendações dos veterinários e usar shampoos neutros, outra dica para manter o felino limpo é a escovação.
Shimamoto orienta realizá-la regularmente, pois irá remover os pelos soltos, além de sujeiras, e irá diminuir a quantidade de pelos que eles engolem durante o processo de autolimpeza.
“Importante realizar a secagem corretamente, para evitar hipotermias ou área úmidas que causem feridas e/ou infecções”, adverte.
