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“Cães de alerta médico” estão salvando vidas

No caso de diabetes, esses animais conseguem detectar mudanças no nível de glicose antes de qualquer aparelho, oferecendo segurança e bem-estar aos pacientes

 

Você sabia que cães podem desempenhar papéis fundamentais na saúde humana? Além de auxiliarem pessoas com deficiência física, transtornos psicológicos e outras condições, os chamados “cães de alerta médico” estão salvando vidas ao detectarem, com precisão, alterações nos níveis de glicose no sangue.

De acordo com o adestrador Glauco Lima, os cães são treinados para identificar sinais de emergência antes mesmo que os sintomas apareçam. “Eles conseguem detectar mudanças fisiológicas e odores específicos liberados pelo corpo, associados a condições como hipoglicemia, hipertensão e até alergias graves. Embora não substituam um medidor de glicose, esses cães são ferramentas valiosas no manejo do diabetes”, explica.

Cães treinados reconhecem variações na respiração, no suor e até no comportamento dos tutores, alertando-os com gestos como patadas ou lambidas e, em casos graves, até buscando ajuda. “Além de prevenirem crises, eles proporcionam alívio emocional e mais segurança no dia a dia. Para muitos pacientes, são verdadeiros salva-vidas”, destaca o adestrador, pioneiro no Brasil no treinamento desses cães.

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Entre as raças mais indicadas para a função estão Golden Retrievers, Labradores, Beagles e até os pequenos Chihuahuas, conhecidos por sua sensibilidade apurada. Um exemplo disso é a cadela Geni, que acompanha Bruno Casulli, de 34 anos, diagnosticado com diabetes tipo 1 há duas décadas. “Mesmo com os aparelhos modernos, a hipoglicemia pode surgir de forma inesperada. Minha cadela avisa com antecedência, dando tempo para agir antes de uma emergência. Nenhuma tecnologia faz isso com tanta eficácia”, relata Bruno.

Atenção ao diabetes: sintomas e cuidados necessários

Diabetes é uma condição crônica que afeta a capacidade do corpo de processar glicose, fundamental para gerar energia. Segundo o médico Dr. Antonio Moris Cury Filho, a doença pode se manifestar de três formas:
• Tipo 1: quando o pâncreas não produz insulina.
• Tipo 2: quando o organismo não utiliza a insulina de forma eficiente ou produz em quantidade insuficiente.
• Gestacional: surge durante a gravidez devido a alterações hormonais.

Os sintomas incluem sede excessiva, fadiga, urina frequente, perda de peso, visão embaçada e demora na cicatrização de feridas. Para o diagnóstico, o especialista recomenda exames como glicemia de jejum, teste de tolerância à glicose e hemoglobina glicada.

O tratamento envolve mudanças no estilo de vida, como alimentação equilibrada, exercícios regulares e controle do peso, além de medicamentos específicos e monitoramento contínuo da glicose. “Hoje temos dispositivos modernos que dispensam o uso de agulhas e permitem que o paciente e o médico acompanhem os níveis de glicose em tempo real. Isso é essencial para um controle mais eficaz”, destaca o médico.

Por mais que a tecnologia avance, é importante lembrar que o acompanhamento médico é indispensável para um manejo seguro do diabetes. “Os cães de alerta são uma grande ajuda, mas nunca devem substituir as orientações de um profissional de saúde”, reforça o médico.

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