Cena fofa viralizou nas redes e trouxe à tona a importância do cuidado respiratório com os pets durante o tempo seco
Com as patinhas delicadamente apoiadas no inalador e os olhos atentos, o pequeno cãozinho ganhou a atenção e o coração de milhares de internautas. A cena, postada por sua tutora nas redes sociais, mostra o pet no colo enquanto realiza uma inalação para tratar uma crise de bronquite. A fofura do momento, aliada ao gesto de autocuidado do animal, fez a postagem disparar em alcance, conquistando seguidores e comentários emocionados.
Mas por trás da imagem adorável, há um alerta sério: o pet sofre de bronquite crônica e voltou a ter sintomas recentemente, conforme atualização da tutora publicada na quarta-feira, 21 de maio. Ele segue em tratamento, e sua história reacendeu um importante debate sobre as doenças respiratórias em animais, especialmente em períodos de clima seco.
A inalação como aliada da saúde respiratória dos pets
Para entender melhor por que a inalação é indicada em casos como esse, conversamos com a médica-veterinária Vivian Quito, que explicou que a prática pode ser muito benéfica, desde que feita com orientação profissional.
“Inalação é indicada, principalmente, em casos de bronquite crônica, colapso de traqueia, rinite, traqueíte, laringite e doenças infecciosas respiratórias, como a gripe canina e a rinotraqueíte felina”, afirma. Segundo a veterinária, o procedimento ajuda a reduzir inflamações, hidratar as vias aéreas, fluidificar secreções e aliviar crises de tosse, além de melhorar a respiração em ambientes com ar-condicionado ou durante o tempo seco.
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Além disso, Vivian destaca que a prática também pode ter uso preventivo. “A nebulização com soro fisiológico já traz muitos benefícios. Mas há casos que exigem medicamentos específicos, como broncodilatadores ou corticosteroides, e é o veterinário quem define isso com base no diagnóstico do animal”, explica.
Nem tudo que parece simples é isento de riscos
Apesar da aparência inofensiva, a veterinária alerta que a inalação requer cuidado e responsabilidade. “O uso incorreto de medicamentos pode causar efeitos colaterais sérios, como taquicardia. Também não se deve exagerar no tempo da inalação, pois pode gerar estresse ou salivação excessiva”, comenta.
Ela ainda lembra que alguns animais com condições cardíacas ou neurológicas podem ter complicações com o vapor quente, e que gatos, em especial, são mais sensíveis ao estresse do procedimento. “Cada animal é único, por isso, a avaliação do médico-veterinário é indispensável para definir o protocolo mais seguro e eficaz”, conclui.
A história do cachorrinho inalador não é apenas um retrato da fofura viral, é também um convite à conscientização: pets respiram, sentem e adoecem como nós, e merecem cuidado, atenção e muito carinho, principalmente em tempos secos como os que estamos enfrentando.
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