Desde cedo, a nutrição faz toda a diferença
Adotar um animal de estimação é abrir espaço na casa — e no coração — para um novo membro da família. Mas, junto com a alegria, surgem também muitas dúvidas, principalmente sobre como alimentar bem o novo companheiro. Afinal, a nutrição é um dos pilares da saúde e do bem-estar, seja para filhotes, adultos ou pets idosos.
Para ajudar tutores de primeira viagem, a médica-veterinária Juliana Soncin, da equipe técnica da Adimax, compartilhou orientações práticas sobre como garantir uma alimentação equilibrada para cães e gatos.
Quando é seguro adotar um filhote?
O ideal é que os filhotes fiquem com a mãe por pelo menos 45 dias. O desmame completo, entre 2 e 3 meses de vida, favorece o desenvolvimento saudável, imunidade forte e equilíbrio comportamental.
Em casos de resgate de filhotes órfãos, a recomendação é redobrar os cuidados com acompanhamento veterinário.
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Qual ração oferecer para filhotes?
Durante o crescimento, escolha sempre alimentos completos e balanceados específicos para filhotes da espécie (cães ou gatos).
Eles têm mais proteínas, energia, gorduras e nutrientes como o DHA, essencial para o desenvolvimento cerebral e da visão.
Quantas refeições por dia?
- Cães filhotes: pelo menos 3 refeições por dia.
- Gatos filhotes: também 3 vezes, mas o ideal é deixar o alimento disponível (eles comem várias pequenas porções ao longo do dia).
- Cães adultos: dividir a quantidade diária em 2 ou 3 porções.
Como trocar a ração com segurança?
Mudanças devem ser gradativas, para evitar problemas digestivos. O ideal é misturar pequenas quantidades da nova ração com a antiga, aumentando aos poucos.
Atenção: pets órfãos ou desmamados precocemente precisam de papinha de desmame ou colostro comercial antes da ração seca.
E se o pet rejeitar o alimento?
É normal nos primeiros dias, já que o pet está se adaptando ao novo lar. O ideal é oferecer a mesma ração que ele já estava acostumado, em um local tranquilo. Com o tempo, tende a voltar a comer normalmente.
Como calcular a quantidade ideal?
Sempre siga a recomendação da embalagem ou do médico-veterinário.
Petiscos também contam: se oferecidos em excesso, podem levar ao ganho de peso.
Posso variar a ração com frequência?
Não é necessário trocar sempre. Alterações constantes podem causar desconfortos gastrointestinais. Troque apenas quando houver indicação veterinária ou mudança de fase de vida.
Alimentos humanos perigosos para pets
Alguns alimentos que parecem inofensivos podem ser tóxicos:
- Chocolate
- Uva e uva-passa
- Cebola e alho
- Macadâmia
- Xilitol (adoçante)
Como saber se a ração é realmente de qualidade?
A escolha da ração impacta diretamente na saúde e no bem-estar do seu pet. Para ter certeza de que está oferecendo um alimento de qualidade, observe alguns pontos importantes:
- Fezes bem formadas: quando a digestão é boa, as fezes ficam consistentes, sem excesso de odor ou marcas no piso.
- Pelagem saudável: pelos brilhantes e macios indicam que a ração tem proteínas e gorduras de qualidade, como os ácidos graxos essenciais.
- Ingredientes funcionais: antioxidantes, fibras especiais e prebióticos vão além da nutrição básica e ajudam a manter o organismo equilibrado.
- Marca de confiança: prefira fabricantes reconhecidos, que sigam padrões de qualidade, tenham rótulos claros e mostrem compromisso com o bem-estar animal.
A escolha da ração deve ser feita com orientação veterinária, sempre considerando idade, porte e saúde do animal. Dessa forma, seu pet recebe muito mais do que comida: recebe nutrição de verdade, que se reflete em bem-estar e vitalidade.
Diferença entre ração adulta e sênior
- Adultos: energia adequada para manter peso saudável.
- Sênior: menos calorias, mais fibras, antioxidantes e nutrientes que preservam articulações, rins e massa muscular.
Quando considerar o pet sênior?
- Cães médios e grandes: a partir dos 5 anos.
- Cães pequenos: a partir dos 7 anos.
Com informação e carinho, a adaptação ao novo lar fica mais leve e seu pet terá saúde e vitalidade em todas as fases da vida.