Novas pesquisas tem mostrado que o aprendizado dos cães tem evoluído, possibilitando o desenvolvimento de novas metodologias de adestramento
Ao longo dos anos, o adestramento de cães tem passado por uma evolução significativa. Antigamente, a abordagem tradicional dominava o cenário. Essa técnica era amplamente utilizada, baseada em métodos rígidos e punições, buscando a obediência canina através do medo e da repetição. No entanto, a ciência comportamental e o entendimento da etologia canina trouxeram uma nova luz sobre como os cães aprendem e interagem com os humanos.
A transição para métodos mais modernos e compassivos começou a ganhar força à medida que estudos sobre comportamento animal e psicologia avançaram. Essas pesquisas revelaram que a confiança, o respeito e a compreensão são fundamentais para uma relação saudável entre cães e humanos. Treinadores começaram a incorporar técnicas baseadas em reforço positivo, recompensando comportamentos desejados em vez de punir os indesejados.
Um dos métodos contemporâneos que exemplificam essa evolução é o método BFA, desenvolvido por Beatriz França Adestradora. A profissional, criou o método a partir de uma vasta experiência em seminários, workshops e palestras, tanto nacionais quanto internacionais, refletindo a síntese de diversos conhecimentos que ela acumulou ao longo dos anos.
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Ele diferencia-se por integrar princípios do adestramento tradicional com avanços científicos modernos. “Apesar de ter raízes na abordagem tradicional, adaptei técnicas incorporando novos estudos e conhecimentos sobre comportamento canino. Por exemplo, a antiga proibição de permitir que cães dormissem na cama foi revisada. Estudos modernos mostram que, embora esse hábito não seja necessariamente prejudicial, pode criar dependência e ansiedade de separação nos cães, além de comportamentos de posse e proteção exacerbados, por esse motivo a consultoria de um profissional é vital para ponderar os prós e os contras para que as decisões tomadas sejam benéficas para todos”, explica.
Beatriz França destaca que o método BFA foca na compreensão da mente canina e na etologia, aplicando esse conhecimento de forma prática na vida cotidiana dos tutores. “É como um casamento. Quando entendemos mais sobre o outro, conseguimos ter uma relação melhor. Conhecer a linguagem e os limites do cão é fundamental para uma convivência harmoniosa”.
Essa abordagem promove uma relação mais transparente e respeitosa entre humanos e cães. Beatriz enfatiza que muitos tutores, apesar de amarem seus animais, acabam não respeitando os limites naturais dos cães. “Quando tomamos ciência dos limites, conseguimos respeitá-los e isso melhora a relação entre ambos”, conclui a profissional.