Cão é lançado pela janela; transportar pet solto no carro é infração, gera multa e 4 pontos na carteira
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra um acidente impressionante em Uberlândia, Minas Gerais: dois carros colidem em um cruzamento, e, com o impacto, um cachorro que estava dentro de um dos veículos é lançado pela janela. Apesar da cena chocante, tanto a motorista quanto o cão saíram ilesos.
Testemunhas correram para ajudar as vítimas, e o cachorro, aparentemente, não teve ferimentos graves. Mas esse episódio reacendeu um debate importante: como transportar pets com segurança no carro?
Muita gente não sabe, mas o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) proíbe transportar animais no colo do motorista ou à sua esquerda, e desrespeitar essa regra é considerado infração média, sujeita a multa e pontos na carteira.
Mais do que evitar multas, a preocupação principal deve ser a segurança do pet, do motorista e de todos os ocupantes do veículo. Um animal solto no carro não é apenas um passageiro desprotegido; ele pode virar um verdadeiro “projétil” em caso de colisão ou frenagem brusca.
Além disso, pets soltos podem
✅ distrair o motorista,
✅ pular no colo ou no painel,
✅ mexer nos pedais, botões ou marchas,
✅ tentar pular pela janela aberta.
Por isso, transportar pets corretamente não é luxo nem exagero e sim uma necessidade.
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Como transportar pets com segurança?
Escolha o equipamento certo
Cães pequenos podem usar cadeirinhas ou cinto de segurança próprio, preso ao peitoral (nunca à coleira de pescoço). Cães grandes precisam de cintos reforçados ou caixas robustas. Gatos e pets menores devem sempre ir em caixas de transporte.
Sempre no banco de trás
Mesmo com cinto ou caixa, o banco dianteiro é perigoso por causa do airbag, que pode causar ferimentos graves ao explodir.
Use telas ou grades no porta-malas (para hatch ou SUV)
Se for usar essa área, instale divisórias para manter o pet seguro, com ventilação adequada.
Não deixe a janela aberta com o pet solto
Aquela cena fofa do cachorro apreciando o vento é, na verdade, um risco enorme. Basta uma freada para ele ser jogado para fora.
Pare em viagens longas
A cada 2-3 horas, faça uma pausa para o animal beber água, esticar as pernas e aliviar o estresse. Nunca o deixe sozinho dentro do carro: o calor pode matar em poucos minutos.
O que diz a lei?
Pelo CTB:
Art. 169 — Dirigir sem atenção ou sem os cuidados indispensáveis à segurança → infração leve (3 pontos, R$ 88,38).
Art. 252, II — Conduzir animais à esquerda do motorista ou no colo → infração média (4 pontos, R$ 130,16).
Art. 235 — Transportar pessoas, animais ou volume fora das partes apropriadas → infração grave (5 pontos, R$ 195,23).
Além disso, em caso de acidente, o tutor pode ser responsabilizado civilmente pelos danos.
Um alerta para todos os tutores
O caso de Uberlândia termina bem, mas poderia ter sido uma tragédia. Ele serve como um lembrete de que quem ama cuida, inclusive no trânsito. Não basta só colocar o pet no carro: é preciso garantir que ele esteja protegido.
Equipamentos de segurança para pets estão cada vez mais acessíveis e são um investimento que salva vidas. Além disso, estar atento à legislação é também uma forma de respeitar os outros motoristas e evitar tragédias.
Veja aqui o vídeo com as imagens impressionantes do acidente e o momento em que os motoristas e cães aparecem ilesos após a colisão: