Mudanças de comportamento, apetite e até a postura corporal podem indicar que o cão está passando por estresse e isso exige atenção dos tutores
Mesmo sendo conhecidos pela alegria e energia de sempre, os cães também podem sofrer com o estresse — e isso é mais comum do que se imagina. Mudanças no ambiente, barulhos intensos, rotina agitada ou a ausência prolongada dos tutores são algumas das causas que podem desencadear esse problema. Por isso, aprender a identificar os sinais é essencial para garantir o bem-estar físico e emocional dos pets.
Segundo a médica-veterinária Marina Tiba, gerente de produto da Unidade de Animais de Companhia da Ceva Saúde Animal, muitos tutores não percebem os sinais logo de início. “A impressão é de que o cão está sempre bem, mas essa fachada pode esconder comportamentos que, quando ignorados, afetam diretamente a saúde do animal”, explica.
Sinais que merecem atenção
Entre os sinais mais comuns de estresse em cães estão:
- Latidos ou choros excessivos
- Andar de um lado para o outro sem parar
- Tremores, corpo encolhido ou cauda entre as patas
- Perda de apetite ou mudança nos hábitos alimentares
- Lambedura excessiva das patas
- Comportamentos destrutivos, como roer móveis, por exemplo
- Urinar ou defecar em locais inadequados
- Agressividade repentina ou hiperatividade
- Coceiras constantes sem presença de pulgas ou alergias
- Perda de pelos em excesso
- Também é comum o cão bocejar repetidamente, mesmo sem sono, e apresentar sinais físicos sutis que indicam desconforto emocional.
O que fazer para ajudar?
A primeira atitude deve ser observar o comportamento do pet com atenção e procurar apoio profissional. Um veterinário especializado em comportamento animal pode orientar sobre as melhores estratégias para reduzir o estresse.
Medidas como incluir mais brincadeiras na rotina, oferecer passeios diários e estabelecer horários regulares ajudam a trazer previsibilidade para o dia a dia do cão — algo que contribui muito para o equilíbrio emocional.
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“O enriquecimento ambiental também é um grande aliado”, explica Marina. “Brinquedos interativos, jogos de olfato e atividades que estimulem os instintos naturais dos cães mantêm a mente ativa e aliviam a tensão”.
Uma alternativa que vem sendo cada vez mais adotada é o uso de feromônios sintéticos. Disponíveis em formatos como difusores, sprays ou coleiras, esses produtos imitam substâncias químicas naturais que transmitem sensação de segurança e conforto para os cães. “São indicados especialmente em situações como mudanças de ambiente, visitas ao veterinário, viagens ou momentos de maior estresse, como fogos de artifício”, complementa Marina.
Cuidado começa com prevenção
Mais do que reagir aos sinais, é importante prevenir. Reduzir ruídos, manter a casa organizada para o pet e evitar mudanças bruscas são atitudes simples que fazem a diferença. Criar um cantinho seguro para o cão se refugiar, especialmente em dias de chuva, festas ou agitação, também ajuda a minimizar os impactos do estresse.
No fim das contas, garantir qualidade de vida para os pets envolve mais do que alimentação e carinho. Exige escuta, atenção e uma rotina pensada com empatia. “Oferecer um ambiente seguro e enriquecedor é essencial para que o animal se sinta amado e protegido, independente das adversidades que possa enfrentar”, reforça a veterinária.