Veja os principais cuidados para manter cães e gatos protegidos, saudáveis e aquecidos neste inverno
Com a chegada de uma intensa massa de ar polar, o frio derrubou as temperaturas em várias cidades de São Paulo. Com temperaturas registradas com mínimas de 2,3°C na Zona no Sul da capital nesta sexta-feira, a expectativa é de episódios de mais dias frios daqui pra frente em várias regiões do país.
Mas atenção: não somos só nós que sofremos com o frio. Os nossos pets também sentem os impactos dessas mudanças bruscas de temperatura. Um bom exemplo é a Maya, uma simpática dachshund que adora se enrolar no cobertor até cobrir o focinho. Como ela não gosta de roupinhas, seus tutores fazem passeios rápidos no frio e sempre deixam à disposição edredons e mantas para mantê-la aquecida. Assim como a Maya, muitos cães e gatos ficam mais vulneráveis no inverno. Baixas temperaturas podem afetar a imunidade, aumentar os riscos de doenças respiratórias e causar desconforto térmico, principalmente em filhotes, idosos e animais de pelagem curta.
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Para ajudar os tutores enfrentarem esse período gelado, conversamos com Ana Claudia Bengezen, supervisora da Clínica de Pequenos Animais do Hospital Veterinário do Centro Universitário de Jaguariúna (UniFAJ), que respondeu às dúvidas mais comuns sobre os cuidados com cães e gatos no frio.
Embora a percepção de temperatura dos animais seja diferente da nossa, cachorros e gatos também sentem frio e precisam de atenção redobrada para se manterem aquecidos. Todas as raças são afetadas pelo clima gelado, mas a tolerância varia: animais de pelo curto, fino ou ausente, com pouca gordura corporal, além de cães de pequeno porte, perdem calor mais rapidamente e, por isso, sofrem mais.
Além do desconforto térmico, o frio pode agravar doenças crônicas, principalmente em animais idosos, que já têm um sistema cardiovascular mais frágil e sofrem com problemas ósseos, como artrose e discopatias. Filhotes também merecem atenção especial, já que ainda têm dificuldade em regular a temperatura corporal. Durante o inverno, é preciso ficar atento também ao aumento nos casos de doenças respiratórias, como bronquite, asma e broncopneumonia.
As roupinhas são uma boa solução para proteger os bichinhos, mas é importante respeitar as necessidades e o conforto de cada pet. Animais que não gostam de roupas, que ficam estressados ou apresentam problemas de pele, como alergias e dermatites, podem ficar melhor sem elas. Nos animais de pelo longo, o uso constante de roupas pode até embolar os pelos, gerando mais desconforto.
Para os pets que vivem fora de casa, o ideal é investir em casinhas bem protegidas, com cobertores e panos que garantam conforto térmico. As roupinhas, nesses casos, não são a solução mais eficaz, já que podem reter umidade e aumentar o risco de problemas de pele ou acidentes, caso o animal se enrosque em algum lugar.
Por fim, é preciso ter atenção à hidratação e à alimentação. No frio, os pets tendem a beber menos água, mas o ar seco e a menor ingestão podem levar à desidratação. Também vale conversar com o veterinário sobre ajustes na alimentação, já que o gasto energético costuma aumentar nos dias frios.
Com esses cuidados, você garante que seu cão ou gato passe pelo inverno com saúde, conforto e bem-estar. E lembre-se: ao menor sinal de desconforto, sempre procure a orientação de um médico-veterinário.