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Pensa em ter um pet? Novo estudo avaliou 170 raças para detectar as mais inteligentes (em situações variadas)

O trabalho foi publicado na revista científica Biology Letters

 

 

Os cães que possuem uma inteligência acima da média são aqueles que podem ser treinados e apresentam boa memória a curto prazo. Muitos podem induzir que isso está associado a ter um cérebro grande, no entanto, pesquisadores franceses descobriram que é o contrário, como mostram evidências publicadas na revista científica Biology Letters.

Raças de cachorros mais inteligentes tendem a ter cérebros menores, segundo os cientistas. Enquanto aquelas em que o órgão apresenta um tamanho avantajado apresentam características de medo, agressão, comportamentos de busca de atenção e ansiedade de separação.

Assim, os cães criados para trabalho, os quais apresentam grande porte e tem cérebros pequenos (comparados ao restante do corpo) como border collie, cão de montanha dos pirenéus, mastim europeu, schnauzer e retriever (todos os tipos), apresentam grande aptidão mental e boa cognição.

“Os cães exibem múltiplas personalidades, funções e habilidades cognitivas que podem superar as dos primatas não humanos. Nossos resultados mostram que habilidades complexas e comportamento cooperativo – uma característica da cognição social – não preveem maior [tamanho do cérebro] em cães”, afirmam os pesquisadores.

Enquanto cachorros de porte menor, como lulus da pomerânia, chihuahua, yorkshire terrier, shih tzu e pug, apresentam menor desenvolvimento cognitivo, de acordo com o estudo.

Ainda que pareça contraintuitivo, pois na natureza os cérebros maiores são vistos como mais desenvolvidos, a equipe explica que a reprodução excessiva destes animais por humanos, especialmente na combinação entre raças, distorceu o layout natural dos cérebros caninos.

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As criações, que surgiu aproximadamente no final do século XIX, tendem a acentuar certas características e gerou as diferentes raças. Mas essa “imposição” humana está por trás desta diferença.

A pesquisa encabeçada pela equipe da Universidade de Montpellier, na França, contou com a análise de 172 raças com dados de 1.682 caixas cranianas. Os cientistas estudaram o volume endocraniano relativo (REV), ou seja, o tamanho do cérebro em relação ao corpo, dos cães.

“O REV aumenta com medo e agressão, busca de atenção e ansiedade de separação, e diminui com a treinabilidade”, concluíram.

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