É de extrema importância observar o comportamento do seu gato para identificar se ele está com dor
Identificar, classificar e tratar a dor é um grande desafio, a dor é uma percepção, e o desafio aumenta mais ainda quando precisamos identificá-la em nossos bichinhos, eles não expressam a dor da mesma maneira que nós humanos, e os gatos muito menos do que os cães.
Portanto, é de extrema importância observar o comportamento do seu gato para identificar se ele está com dor: fazer os exames de rotina e conhecer o padrão de comportamento do seu amiguinho, ajudarão a socorrê-lo o mais rápido possível.
Tipos de dor
Antes de abordarmos as dores mais recorrentes, é importante que você saiba: a dor é classificada e dividida de acordo com a sua duração, pode ser aguda ou crônica, causada por um determinado estímulo, ou pode ser neurológica, e apresenta-se de maneira leve, moderada, severa ou intolerável.
- Dor aguda: é um sinal de alerta e faz parte do sistema de proteção do seu bichinho, pode surgir após: procedimento traumático, cirúrgico, médico, inflamatório ou infeccioso de início rápido e limitado.
- Dor Crônica: diferente da dor aguda, ultrapassa 3 meses, pode estar associada a doenças crônicas que não têm cura, são difíceis de diagnosticar, porém são controláveis e não causam mudanças fisiológicas como a dor aguda.
- Dor inflamatória: é a dor aguda em um período de cicatrização, tem início rápido e sua função é ativar gradualmente o sistema imune, retornando à sua sensibilidade padrão com a cicatrização, mas atenção, se persistir pode passar a ser crônica, como por exemplo: inflamação das articulações (artrite) ou pele (dermatite);
- Dor neuropática: ou do sistema nervoso: é provocada por lesão/disfunção no sistema nervoso, em que o pet tem uma resposta exagerada (hiperalgesia) diante a determinado, ou nenhum estímulo (hiperreatividade), e o comportamento pode ser: lamber ou coçar o local repetidas vezes ou chorar espontaneamente (cães).
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Níveis de dor
Não é fácil medir uma dor humana, imagine identificá-las em outras espécies, mas você, mãe e pai de pet, pode treinar a sua percepção, com todas essas informações e identificar a diferença entre uma dor passageira e dor persistente:
- Ligeira a moderada: doença dentária, otite, lacerações superficiais, cistite, drenos torácicos, drenagem de abcessos etc;
- Moderada: Lesão de tecidos moles, obstrução uretral, ovariohisterectomia, cistite, artroscopia ou laparoscopia diagnósticas, osteoartrite etc;
- Moderada a grave: depende do grau de doença ou de lesão: artrite, ruptura diafragmática traumática, trauma (ortopédico, lesão extensa de tecidos moles, cabeça), queimadura por gelo, glaucoma, gástrica, testicular, mastite, cirurgia ortopédica etc;
- Grave a excruciante: enfarte/neoplasia do sistema nervoso central, meningite, reparação de fraturas, cirurgia de coluna, lesão por queimadura, fraturas articulares ou patológicas, amputação de membros, pancreatite, trombose, hérnia etc.
Como os gatos demonstram dor
Gatos são muito mais discretos do que os cães ao expressarem que não estão bem de saúde, sendo assim, preste atenção nos seguintes comportamentos:
Redução de miados e do apetite, alterações nos padrões de sono, perda aos poucos da energia e da curiosidade, adotam uma postura contraída, rígida e posições estranhas pelo desconforto na tentativa de proteger a área que dói, ficam agressivos ao escová-los, limpar as orelhas, cortar as unhas etc.
Escolha o bem-estar e a longevidade
A dor depende de diversos fatores para se manifestar: da espécie, idade, raça, individualidade e do ambiente, sendo assim, fazer avaliações periódicas, providenciar tratamento adequado e se possível indolor, é essencial para o bem-estar e a longevidade de seu gato.
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