Verminoses silenciosas em cães e gatos: atenção aos sinais escondidos

Observar pequenos detalhes, realizar o manejo adequado e manter a prevenção em dia faz toda a diferença para a saúde do seu pet

 

Quem convive com cães e gatos sabe que eles nem sempre demonstram de forma clara quando algo não vai bem. Um pouco de apatia, cansaço, alteração no apetite ou até uma pelagem sem brilho podem parecer coisas passageiras, mas também podem ser sinais de verminoses. Esses parasitas internos estão entre os problemas mais comuns no dia a dia veterinário e, muitas vezes, se desenvolvem de forma silenciosa, passando despercebidos pelos tutores.

Sinais que merecem atenção:

Além da diarreia ou da presença de vermes nas fezes, sintomas mais conhecidos, outros sinais sutis podem indicar a infestação, como perda de peso gradual; vômitos ocasionais; tosse persistente e mudanças de comportamento.

Em quadros mais avançados, os animais podem apresentar anemia, baixa imunidade e até complicações graves, já que alguns vermes podem migrar para órgãos vitais, como pulmões e coração.
“Por serem inespecíficos, esses sinais podem facilmente passar despercebidos. Exames de rotina e a observação cuidadosa do tutor são essenciais para um diagnóstico precoce”, explica a médica-veterinária Marina Tiba, Gerente de Produtos da Unidade de Animais de Companhia da Ceva Saúde Animal.

Leia mais:

A vermifugação não deve ser encarada apenas como tratamento, mas sim como parte da rotina preventiva. O protocolo ideal varia de acordo com idade, peso, saúde, momento reprodutivo e estilo de vida do pet.

– Filhotes: começar a vermifugação a partir das duas a três semanas de vida, com repetições a cada duas a três semanas até os três meses de idade, e depois mensalmente ou ao final do ciclo vacinal até os quatro a seis meses, a critério veterinário.
– Adultos: animais que vivem mais dentro de casa podem ter protocolos mais espaçados, definidos com apoio do veterinário e exames de fezes. Já os que passeiam e frequentam praças, hotéis, creches ou têm contato com outros pets precisam de vermifugação mais regular, geralmente a cada três meses.
– Gatos de vida indoor: mesmo sem acesso à rua, também devem ser incluídos no calendário preventivo, pelo menos semestralmente ou conforme recomendação veterinária, já que ovos e larvas podem ser trazidos nos sapatos, roupas ou objetos dos tutores.

Cuidados que fazem a diferença

O uso de vermífugos de amplo espectro deve ser associado a medidas simples do dia a dia, como: evitar o contato do pet com fezes de outros animais no ambiente externo;realizar exames de fezes periodicamente; higienizar os ambientes onde o pet circula;recolher as fezes diariamente; e controlar pulgas e carrapatos, que podem transmitir vermes.

“A combinação desses cuidados potencializa a eficácia da vermifugação e reduz consideravelmente o risco de reinfestações”, reforça Marina.

Vale lembrar que algumas verminoses são zoonóticas, ou seja, podem ser transmitidas também para os humanos. Crianças, idosos e pessoas com imunidade mais baixa são os mais vulneráveis. Assim, a prevenção vai além do cuidado com o pet: é também uma forma de proteger toda a família.

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