O calor do verão aumenta os desafios nas viagens com pets, mas cuidados simples fazem toda a diferença para o bem-estar dos animais
Com o Natal se aproximando e as férias de verão batendo à porta, muitos tutores já se organizam para pegar a estrada e, cada vez mais, os pets fazem parte desses planos. Seja rumo ao litoral, ao campo ou a outra cidade, viajar com cães e gatos exige atenção redobrada, principalmente nesta época do ano, quando o calor favorece a proliferação de parasitas como pulgas, carrapatos e mosquitos.
Durante o verão, a combinação de altas temperaturas e umidade cria o ambiente ideal para que esses parasitas se multipliquem rapidamente. Eles estão presentes em áreas verdes, praias, estradas, hotéis pet e até em locais com grande circulação de animais. Além do desconforto causado pelas infestações, esses agentes podem transmitir doenças graves, como a Leishmaniose Visceral Canina.
“Para quem vai viajar com pets, a prevenção precisa começar antes mesmo de sair de casa. O verão favorece a multiplicação dos parasitas, e estar protegido garante mais segurança para o animal e tranquilidade para o tutor”, explica Paula Pinheiro, coordenadora de Serviços Técnicos de Animais de Companhia da Zoetis.
Para ajudar quem pretende viajar com o pet neste fim de ano, aqui vão algumas orientações essenciais:
1. Prevenção em dia é fundamental
Antes da viagem, certifique-se de que o pet está protegido contra pulgas, carrapatos e outros parasitas. O ideal é aplicar o antiparasitário alguns dias antes da saída. Também vale conferir a carteira de vacinação: além de proteger a saúde do animal, algumas vacinas são exigidas para viagens, hotéis ou creches.
2. Atenção à hidratação e ao calor
O calor excessivo pode causar desidratação e até estresse térmico. Ofereça água fresca com frequência e evite passeios entre 10h e 16h. Nesse período, o solo pode atingir temperaturas elevadas, causando queimaduras nas patas e risco de hipertermia, especialmente em cães.
3. Proteção extra contra mosquitos
O amanhecer e o entardecer são os melhores horários para passear, por serem mais frescos. No entanto, também são os períodos de maior atividade do mosquito-palha, transmissor da leishmaniose. O uso contínuo de coleiras repelentes ajuda a reduzir esse risco.
4. Ambiente protegido faz diferença
Durante a estadia, telas mosquiteiras, ventiladores e ambientes bem ventilados contribuem tanto para o conforto térmico quanto para a proteção contra insetos.
5. Vai deixar o pet hospedado? Pesquise e se certifique sobre o local
Se a opção for hotelzinho ou creche, pesquise com antecedência. Sempre que possível, visite o local para avaliar limpeza, segurança, estrutura e preparo da equipe.
No caso dos gatos, dê preferência a locais com abordagem cat-friendly, que oferecem ambientes exclusivos e manejo adequado, reduzindo o estresse causado pela mudança de rotina.
Além dos cuidados preventivos, os tutores devem observar atentamente qualquer alteração no comportamento ou na saúde do animal durante a viagem ou nos dias mais quentes. Coceira intensa, vermelhidão na pele, queda de pelos, feridas, apatia, falta de apetite, vômitos ou dificuldade de locomoção podem ser sinais de infestação ou doenças transmitidas por parasitas.
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“Muitas dessas doenças começam com sintomas discretos, que podem parecer apenas um desconforto passageiro. Qualquer mudança no comportamento ou na condição física do pet deve ser levada a sério, com orientação veterinária o quanto antes”, alerta Paula.
Viajar com pets é possível e, pode ser uma experiência incrível, desde que o planejamento inclua cuidados com saúde, conforto e segurança. Com atenção aos detalhes e prevenção adequada, as férias de fim de ano têm tudo para ser tranquilas para toda a família, inclusive para os de quatro patas.



