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Risco à saúde pública! 1/5 da população brasileira medica seus animais sem orientação médica veterinária

O CRMV-RJ alerta sobre os riscos dessa prática, que pode comprometer a saúde dos pets

 

 

A automedicação em seres humanos é uma prática perigosa, mas quando essa prática é transferida para os animais, o risco é ainda maior. Recentemente, uma pesquisa revelou um dado alarmante: 19% dos brasileiros medicam seus animais de estimação sem consultar um médico-veterinário. O CRMV-RJ alerta sobre os riscos dessa prática, que pode comprometer a saúde dos pets.

A pesquisa Radar Pet, realizada pela Comissão de Animais de Companhia (Comac), do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), indicou que quase um quinto dos responsáveis brasileiros opta por medicar seus animais por conta própria, ignorando os riscos. Dos 1.751 responsáveis de animais entrevistados, 9% disseram que buscam informações na internet para medicar seus pets, enquanto 22% preferem orientações de outros donos de animais que não são profissionais da área.

Essa prática pode agravar condições de saúde e levar a diagnósticos incorretos, uma vez que medicamentos administrados sem a orientação de um profissional capacitado podem mascarar sintomas de doenças mais graves. Além disso, muitos medicamentos de uso humano podem ser tóxicos para os pets, como é o caso do paracetamol, altamente prejudicial para gatos.

 

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Medicamentos como anti-inflamatórios e analgésicos, comuns no tratamento de humanos, podem causar danos sérios aos animais. Nos cães, o uso indiscriminado de anti-inflamatórios pode resultar em úlceras gástricas e insuficiência renal, problemas que muitas vezes passam despercebidos até que a situação se agrave. Em gatos, o uso de analgésicos como o paracetamol pode causar insuficiência hepática, levando até à morte.

Além disso, ao medicar o pet por conta própria, o responsável pode retardar o diagnóstico de doenças crônicas ou infecciosas, dificultando a recuperação do animal e elevando os custos do tratamento. Nesses casos, ainda existe o risco de surgir resistência bacteriana (favorecendo o desenvolvimento de superbactérias), o que pode representar uma ameaça tanto para os pets quanto para os humanos.

O CRMV-RJ reforça a importância das consultas regulares com médicos-veterinários. Ao identificar qualquer sinal de doença em cães, gatos ou outros animais, é fundamental buscar ajuda de um profissional da área. A avaliação adequada, juntamente com exames complementares, é essencial para determinar o tratamento correto e evitar complicações que podem surgir da automedicação.

Fonte: CRMV

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