No mês do vira-lata, descubra a origem do apelido mais famoso dos cães sem raça definida e por que ele virou símbolo nacional
Julho é o mês do vira-lata, e com ele volta à tona uma pergunta que sempre desperta curiosidade: por que tantos cães sem raça definida são chamados de “caramelo”? A resposta está nas ruas, nos lares, nas redes sociais e na própria formação do Brasil.
O termo “caramelo” virou sinônimo carinhoso do típico cão vira-lata brasileiro, aquele com pelagem amarelada ou dourada, porte médio, orelhas caídas e olhar esperto. Essa aparência, tão comum nas esquinas e nas histórias de famílias, acabou se tornando um ícone nacional, a ponto de já ter ganhado estátua, campanha publicitária e até projeção no Cristo Redentor.
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Mas a origem vai além da cor da pelagem. O caramelo representa a miscigenação genética, o cruzamento de diversas raças que, ao longo dos séculos, formaram o cão mais comum do país. Sem pedigree, mas com identidade única, ele é o reflexo da mistura brasileira, resiliente, afetuoso, versátil e adaptável.
Nas redes sociais, o “caramelo” virou meme, mascote e motivo de orgulho. É o símbolo do cachorro “raiz”, que não precisa de raça para conquistar corações. O nome pegou justamente por ser fácil, descritivo e afetivo. Hoje, já se fala no “caramelo brasileiro” como patrimônio cultural, tamanho o reconhecimento.
Mais do que celebrar a aparência, o apelido é uma forma de valorizar esses animais que, apesar de ainda serem os mais abandonados no país, também são os mais presentes nos lares e nos afetos. No mês do vira-lata, entender a origem do nome é também uma maneira de reconhecer sua importância simbólica, social e emocional para o Brasil.
O caramelo pode não ter raça, mas tem muita história e merece todo o nosso respeito.