Conversamos com a médica-veterinária Vivian Quito que deu várias orientações para garantir segurança e conforto
Nesta semana, uma forte onda de frio atingiu várias regiões do país. No Sul, as geadas derrubaram as temperaturas para perto de 0 °C, enquanto no Sudeste os termômetros registraram marcas abaixo de 4 °C. Diante desse cenário, muitos tutores se perguntam: devo continuar passeando com meu pet?
A resposta é: sim, é possível passear durante o frio, mas é essencial tomar alguns cuidados para garantir que seu bichinho fique confortável e saudável. Abaixo reunimos as principais recomendações:
Quando evitar o passeio?
- Se a temperatura estiver muito baixa, com vento gelado, chuva, garoa ou geada intensa, evite passeios, principalmente longos.
- Evite sair de casa nos horários mais frios (de manhã bem cedinho e a noite).
- Filhotes, cães idosos e animais debilitados são mais sensíveis e devem ter atenção redobrada.
Qual o melhor horário para passear?
- Escolha o final da manhã ou início da tarde, quando o sol já está mais forte e a temperatura está um pouco mais agradável.
- Mesmo no inverno, um pouco de sol faz bem, desde que você proteja bem o animal.
Que cuidados tomar? - Use roupas adequadas, principalmente em cães de pelo curto, como Pinscher, Chihuahua, Whippet, Dachshund, Galgo Italiano, entre outros.
- Raças pequenas ou de porte mini, assim como cães idosos, são mais vulneráveis e precisam de reforço térmico (roupinhas, mantas, capas corta-vento).
- Evite a exposição direta ao vento gelado; uma capa protetora ajuda a reduzir a perda de calor.
- Hidrate sempre, mesmo no frio, os pets precisam de acesso à água fresca.
- Cuidado com as patas: superfícies geladas ou com sal para derreter gelo podem machucar as almofadinhas.
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Quando ficar atento e buscar ajuda?
- Fique atento a sinais de desconforto, como tremores, andar devagar, levantar as patinhas com frequência, respiração fraca ou pupilas dilatadas.
- Se perceber sintomas graves, como movimentos lentos, sonolência extrema ou respiração irregular, procure um veterinário imediatamente — seu pet pode estar entrando em hipotermia.
- Em casa, ofereça alimentos quentinhos e caldos, que ajudam a manter a temperatura corporal.
Cuidados extras
- Certifique-se de que o abrigo externo é protegido, sem corrente de ar, seco e bem forrado.
- Não deixe o animal sozinho por longos períodos no frio, principalmente cães pequenos, idosos ou debilitados.
- Mesmo cães de raças com pelagem dupla, como o Husky Siberiano, Samoieda e Malamute do Alasca, que são naturalmente mais resistentes ao frio, ainda assim precisam de abrigo e cuidados especiais. Apesar da origem em regiões geladas, muitos desses animais nasceram e foram criados em climas tropicais, como o nosso. Por isso, não estão plenamente adaptados a temperaturas extremamente baixas. Uma exposição prolongada ao frio pode trazer riscos à saúde, como hipotermia, dor articular e problemas respiratórios.
A médica-veterinária Vivian Quito destaca a importância de o tutor lembrar que cada pet é único. Por isso, lembra que é fundamental observar como ele reage ao frio, já que cada animal tem sua própria tolerância às baixas temperaturas. “Fique atento aos sinais que ele dá e não hesite em adaptar a rotina para mantê-lo confortável e saudável”, conclui Vivian.
Com carinho, atenção e os cuidados certos, vocês poderão continuar aproveitando os passeios juntos, mesmo nos dias mais gelados do inverno. E, claro, em caso de qualquer sintoma preocupante, procure orientação veterinária. Afinal, o bem-estar do seu bichinho vem sempre em primeiro lugar!