Hospital Veterinário AmarVet’s reforça a importância do diagnóstico precoce e dos cuidados contínuos com a saúde dos pets
O mês de Outubro Rosa vai muito além da conscientização humana — ele também chama atenção para a prevenção do câncer de mama em cães e gatos. Embora a doença possa afetar ambos, as cadelas apresentam um número significativamente maior de casos, o que reforça a importância de atenção redobrada dos tutores.
De acordo com dados do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), até 45% das fêmeas caninas podem desenvolver tumores mamários, contra cerca de 30% das felinas. Segundo a médica-veterinária Vanessa Perrotta, especialista em oncologia veterinária do AmarVet’s Hospital Veterinário, os carcinomas são os tumores mais comuns entre os cães, enquanto nos gatos a maioria dos casos é maligna e de evolução mais agressiva.
“A atenção aos primeiros sinais é essencial para aumentar as possibilidades de sucesso no tratamento”, destaca Vanessa.
Fatores de risco e sinais de alerta
Os nódulos mamários são mais frequentes em fêmeas não castradas e com mais de 7 anos. Em cães, algumas raças apresentam maior predisposição, enquanto nos gatos, o principal fator de risco é a ausência de castração, independentemente da raça.
Outros fatores que aumentam a probabilidade de surgirem nódulos incluem o uso de hormônios anticoncepcionais e a obesidade.
Leia mais:
- Amanhã é dia de vacina! Proteja seu pet e garanta a saúde dele
- Cor do gato influencia na personalidade? O que a ciência já descobriu
- A verdadeira história de Amendoim, o caramelo que conquistou a Netflix
Tutores devem ficar atentos a pequenos nódulos palpáveis, que podem ser únicos ou múltiplos, além de alterações na pele, secreção nos mamilos ou dor local. Mesmo os nódulos pequenos devem ser avaliados — o tamanho nem sempre indica se são benignos ou malignos.
Diagnóstico e tratamento
“O diagnóstico começa com o exame físico e a palpação das cadeias mamárias, complementados por exames de imagem, como ultrassonografia e radiografia torácica para investigar possíveis metástases. A confirmação definitiva ocorre por meio de biópsia e análise histopatológica”, explica a médica-veterinária.
O tratamento mais indicado é a remoção cirúrgica completa do nódulo ou da cadeia mamária afetada. Em casos malignos, a quimioterapia pode ser usada como complemento, com protocolos seguros que proporcionam boa qualidade de vida aos animais. Quanto mais cedo a intervenção, maiores as chances de cura.
O papel do tutor
Além dos cuidados médicos, o envolvimento diário do tutor é essencial. “Participar ativamente da rotina do pet, observar pequenas mudanças no comportamento ou na saúde e garantir atenção constante pode ser decisivo para identificar problemas precocemente e oferecer o tratamento adequado”, conclui a especialista.
Mesmo que Outubro Rosa seja o mês dedicado à conscientização sobre o câncer de mama, a atenção à saúde dos pets deve acontecer durante todo o ano.
Cuidar, observar e levar o animal para consultas preventivas são atitudes simples que podem salvar vidas e garantir que nossos companheiros continuem ao nosso lado com qualidade e bem-estar.