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Mais fáceis de cuidar, calopsitas ganham terreno no mercado pet do Brasil

De acordo com a Abinpet, país tem 42,8 milhões de aves ornamentais, um aumento de 3%

 

Não há dúvidas de que os brasileiros amam cachorros e gatos como companheiros domésticos, mas há muitas famílias buscando outros animais de estimação para cativar. O número de pessoas que buscam aves ornamentais como pets vem crescendo no Brasil.

Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) e do Instituto Pet Brasil (IPB), o número de pássaros silvestres subiu de 41,6 milhões, em 2022, para 42,8 milhões em 2023, uma alta de 3% em um ano. Apesar de não ser o pet mais convencional, muitas pessoas optam pela ave por ter mais afinidade. Algumas espécies podem viver até 30 anos.

Quem optou por ter uma ave em casa foi a engenheira Julia Nogueira, de 27 anos. Não só uma, mas quatro. A tutora das calopsitas conta como optou pelas aves como pet. “Começou há 13 anos, desde que tive a primeira calopsita. Já tive nove e hoje tenho quatro. A ideia surgiu da minha irmã que queria ter um pet como companhia, mas a nossa primeira calopsita se apegou a mim. Criamos um carinho muito grande e desde então, todas as vezes que chegava mais um, era algo muito novo”, diz a engenheira.

 

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“Desde então, minha vida mudou. Eles me salvaram de muitas coisas, tenho muita ansiedade e moro sozinha aqui em BH. Eles são minha companhia e sentem como estou”, completa.

Segundo Julia, os gastos mensais com as pequenas aves são menores do que outros pets tradicionais. Ela conta que possui contas esporádicas com veterinário e que gasta menos com ração do que um dono de cachorro, por exemplo. “Não tenho um custo mensal, porque a ração dura muitos meses. Mas o custo não é muito alto. Também tem o veterinário especializado em aves. Eu opto por guardar dinheiro ao longo do ano para levá-las no fim do ano. Faço muita questão disso”, relata. Um plano de saúde para as aves poderia ser uma opção para esse planejamento, mas ela ainda não encontrou um plano para as aves.

A pesquisa ainda aponta que o número de pets em geral no Brasil aumentou. O crescimento foi de 3,3% em relação a 2023, quando a pesquisa estimava 155,7 milhões de animais. Todas as espécies monitoradas pela pesquisa tiveram um crescimento. Mais populosos no Brasil, os cães saltaram de 60,5 milhões para 62,2 milhões (alta de 2,8%). Em segundo lugar, estão as aves ornamentais, que subiram de 41,6 milhões para 42,8 milhões (alta de 3,0%). Em terceiro, os gatos, que subiram de 29,2 milhões para 30,8 milhões (alta de 5,4%). Já os peixes ornamentais cresceram de 21,8 milhões para 22,3 milhões (alta de 2,29%) e os répteis e pequenos mamíferos, de 2,6 milhões para 2,8 milhões (uma alta de 7,6%).

O crescimento no número de pets deve alavancar o mercado especializado em animais domésticos. As projeções feitas pelo IPB e Abinpet indicam que o setor chegará a um faturamento de R$ 76,3 bilhões em 2024.

Apenas no segmento de pet food, o faturamento em 2023 foi de R$ 41,7 bilhões (54,7% do total do setor).  A tendência é que os animais mais exóticos ganhem cada vez mais espaço nos lares brasileiros.

“Apesar do primeiro lugar ainda indiscutível dos cães, é notório que ao lado dos felinos, que já apresentavam crescimento em outras pesquisas, dessa vez observamos que os répteis e pequenos mamíferos têm despertado mais interesse. São animais de menor porte, como as tartarugas-tigre-d’água, e as chinchilas ou hamsters, por exemplo. Os números reforçam a ideia de que a urbanização e verticalização das cidades, com famílias menores, têm feito com que animais com manutenção mais simples e que demandam menos sejam atraentes para um número cada vez maior de pessoas”, comenta Caio Villela, presidente-executivo do IPB.

Fonte: O Tempo

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