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Estudo revela quais cães vivem mais; porte e tamanho do focinho têm influência

Pesquisa feita com 584.734 cachorros no Reino Unido revela fatores que influência direta na expectativa de vida destes animais

 

Pesquisadores do Reino Unido cruzaram dados de 584.734 cães para a elaboração de um estudo inédito, divulgado este ano pelo jornal Scientific Reports sobre quais as raças vivem mais e quais fatores têm influência sobre a idade do animal. Foram avaliadas uma série de características dos animais, entre elas linhagem parental (raça pura ou mestiços), porte, gênero, formato do crânio (focinho curto, médio ou longo) e evolução.

A pesquisa contou com dados de 18 organizações, de abrigos a companhias de seguros para pets. As infirmações são de animais que vivem ou viveram — 49% dos cães já havia morrido antes do início do estudo — no Reino Unido, o que pode mudar para outros lugares, uma vez que haja variação nos cuidados. A chefe adjunta de pesquisa da Dogs Trust, Kirsten McMillan, é umas das que assina a pesquisa. A instituição de caridade é a maior dedicada a cães no Reino Unido, e fez parte da pesquisa.

Segundo o estudo, entre as raças puras, cadelas pequenas e de focinho longo tendem a ter a maior expectativa de vida, com média de 13,3 anos. Já a de cachorros de focinhos achatados (braquicéfalos) é de 11,2 anos.

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Numa média geral, os cães de companhia vivem 12,5 anos. Entre todos os cães de raça pura, a expectativa de vida média foi de 12,7 anos. Para os cães mestiços foi um pouco menor, com 12 anos, o que inclui os vira-latas, o que pode requerer uma maior investigação para mais detalhamentos.

O estudo relata a expectativa de vida para 155 puras oficiais ou como um cruzamento. Entre elas, o Pastor-do-cáucaso (5,4 anos), Presa Canario (7,7 anos), Cane Corso (8,1 anos) e Buldogue Francês (9,8 anos) foram consideradas como tendo a menor expectativa de vida. Por outro lado, o Lancashire Heeler (15,4 anos), o Spaniel Tibetano (15,2 anos) e o Dachshund Miniatura (14 anos) foram considerados com estimativa de vida mais alta.

O tamanho do corpo desempenha um papel na longevidade, em que raças pequenas e médias vivem mais, com expectativa de vida de 12,7 e 12,5 anos, respectivamente. Raças grandes podem ter uma redução de 20% na idade média em comparação ao porte pequeno, marcando 11,9 anos.

O formato do rosto de um cão (ou seja, a proporção entre a largura e o comprimento do crânio) também influencia a expectativa de vida. Cães braquicefálicos, os com rosto achatado, como os buldogues franceses (9,8 anos) têm um risco 40% maior de tempo de vida mais curto do que cães com rostos de formato típico, como o Border Collie (13,1 anos) ou Golden Retriever (13,2 anos).

O sexo também influencia, com as cadelas podendo chegar a 12,7 anos, enquanto os machos atingem, 12,4 anos.

Quando tais fatores são combinados, impactam na expectativa de vida média. O estudo compara que um macho de tamanho médio e focinho achatado, por exemplo, da raça Buldogue Inglês, tem quase 3 vezes mais probabilidade de ter uma vida mais curta do que uma fêmea de tamanho pequeno e focinho longo, como Dachshund Miniatura ou Greyhound Italiano.

Embora tenham surgido diferentes raças ao longo dos séculos, a linhagem ancestral também está associada à expectativa de vida da raça.

Fonte: O Globo

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