Veterinária explica por que algumas raças ultrapassam os 15 anos e reforça que o segredo da longevidade vai além da genética: depende de rotina, alimentação adequada e estímulos físicos e mentais
Cada vez mais, tutores têm percebido que a longevidade dos cães está diretamente ligada à qualidade de vida que recebem. Com alimentação equilibrada, rotina de exercícios e acompanhamento veterinário, é possível ver cães ultrapassando com facilidade os 15, e até os 20 anos de idade, com energia de sobra.
A médica-veterinária Juliana Hirai, especialista em fisioterapia pet, explica que algumas raças naturalmente vivem mais, principalmente as de pequeno porte. “O chihuahua pode viver até 20 anos, e o poodle chega aos 19. São raças com genética resistente e menor predisposição a doenças degenerativas”, afirma.
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Ela cita ainda o Spaniel Tibetano, criado para resistir ao clima rigoroso do Tibete, e o Lancashire Heeler, pequeno cão de pastoreio britânico, ambos com expectativa de vida acima dos 15 anos. “Essas raças têm origem em ambientes desafiadores, o que as tornou fisicamente mais adaptadas e saudáveis.”
Mas Juliana ressalta que a longevidade depende muito mais dos hábitos do que da raça. “O que realmente faz diferença é a qualidade de vida. Uma alimentação adequada, exercícios diários e cuidados preventivos têm impacto direto na vitalidade do animal”, explica.
A administradora Patrícia Duarte, de Sorocaba (SP), é prova disso. Sua Poodle Belinha, de 17 anos, segue ativa e saudável. “Nunca dei comida de gente, só ração boa. Mantenho os passeios todos os dias, mesmo que curtos. Acho que isso fez toda a diferença”, conta Patrícia, orgulhosa.
Segundo a veterinária, o cuidado com o peso é essencial. “O excesso de peso reduz a expectativa de vida e aumenta os riscos de diabetes, doenças cardíacas e problemas articulares. Cuidar da alimentação é cuidar do tempo que o pet vai viver bem.”
Juliana conclui com um conselho simples, mas poderoso: “Mais do que querer que o cão viva muito, o tutor deve querer que ele viva bem. E isso só é possível com afeto, rotina e bons hábitos.”
