Pelos nas patinhas podem causar escorregões e sobrecarregar as articulações dos cães

Veterinária alerta que aparar regularmente a região ajuda a prevenir dores, quedas e até problemas articulares

 

Por anos, a comerciante Maria Aparecida de Lima acreditou que ver sua Yorkshire Dorinha escorregando pelo apartamento era algo normal. Com piso liso e sempre bem limpo, ela associava as derrapadas ao tipo de revestimento e à rotina de cuidados com a casa. Mas tudo mudou quando Dorinha, hoje com 7 anos, começou a mancar. Ao investigar o caso com a equipe veterinária, veio a surpresa: o problema estava no excesso de pelos nas patinhas.

Segundo a médica-veterinária e fisioterapeuta para pets, Juliana Hirai, quando os pelos crescem demais na região dos coxins, as “almofadinhas” das patas, a aderência ao chão diminui, facilitando escorregões. Esse deslizamento faz o cão forçar mais as articulações para se movimentar, o que pode causar dores e agravar problemas como artrite.

“Hoje, muitos cães vivem em apartamentos ou casas com piso liso, o que reduz o desgaste natural desses pelos. Com isso, eles crescem mais e prejudicam a tração, levando o pet a compensar com um esforço maior nas articulações, quadris e coluna”, explica Juliana.

Para prevenir, a especialista orienta aparar regularmente os pelos dessa região com tesoura apropriada ou procurar um profissional de confiança. “É um cuidado simples, mas que pode evitar dores e lesões. Se o tutor não se sentir seguro para cortar, deve buscar um groomer ou médico-veterinário”, recomenda.

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Juliana também reforça a importância de manter o peso do animal adequado, oferecer atividades físicas seguras e observar sinais como dificuldade para levantar, evitar escadas ou ficar deitado por mais tempo. “Cuidar das patinhas é cuidar da saúde de todo o corpo do pet”, conclui.

Maria Aparecida conta que a experiência com Dorinha mudou a forma como enxerga o cuidado com os animais. “Hoje sempre alerto as pessoas que têm cães para ficarem atentas a essas questões. É preciso observar o comportamento e a forma como eles vivem em casa, porque às vezes a gente acha que está cuidando, mas, por excesso de zelo, pode estar colocando eles em risco”, afirma.

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