Com diagnóstico precoce, controle com insulina e o apoio de tecnologias como o sensor de glicose, cães e gatos com diabetes podem viver com saúde e alegria
Você sabia que o diabetes também pode afetar cães e gatos? Assim como nos humanos, a doença exige atenção, tratamento contínuo e mudanças na rotina, mas não impede uma vida feliz. Casos como o de Elvis e Bento mostram que, com diagnóstico precoce, uso de insulina, alimentação adequada e, acima de tudo, muito amor, é possível garantir bem-estar e qualidade de vida para os pets diagnosticados com a condição.
Elvis: cão de apoio emocional e exemplo de superação
O vira-lata Elvis foi diagnosticado com diabetes tipo 1, o mais comum entre os cães, e desde então segue uma rotina rigorosa de cuidados. Com o uso do sensor de glicose Freestyle Libre e aplicação diária de insulina, ele tem sua saúde monitorada de forma prática e precisa, o que evita picos perigosos de glicemia e elimina a necessidade de picadas constantes.
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Mas a história de Elvis vai além. Ele vive com uma família que cuida com carinho de sua saúde e dos outros cãezinhos da casa, e atua como cão de apoio emocional coletivo na empresa @lincetech, espalhando afeto entre os colaboradores. Sua missão foi inspirada na formação recebida pela escola @caoguia.hkeller. Hoje, mesmo com algumas adaptações em sua rotina, Elvis continua sendo um exemplo de companheirismo e superação.
Bento: enfrentando desafios com coragem e tecnologia
Outro caso inspirador é o do Bento, um labrador vira-lata resgatado das ruas ainda filhote por Beatriz Ribeiro, UX Designer de 30 anos. Diagnosticado com diabetes tipo 1, o cãozinho segue uma rotina rigorosa de aplicação de insulina, alimentação balanceada e monitoramento constante com a ajuda de um sensor de glicose.
“O sensor foi essencial para que eu evitasse furá-lo o tempo todo e ajustasse melhor a dosagem da insulina”, conta Beatriz. Além dos cuidados diários, ela enfrentou um desafio extra: Bento desenvolveu catarata, uma complicação comum em cães diabéticos. A cirurgia para correção está nos planos, e Beatriz voltou a movimentar o perfil de Bento no TikTok com o objetivo de arrecadar fundos e conscientizar outros tutores sobre a doença.
Apesar das dificuldades, Bento continua sendo um cão ativo e feliz. Passeios diários, atenção à alimentação e muito carinho são parte da rotina. “O mais importante é ter paciência. Com acompanhamento veterinário e as ferramentas certas, é possível garantir que o pet viva bem”, aconselha a tutora.
Entenda o diabetes em cães e gatos
De acordo com a médica veterinária e membro da Associação Brasileira de Endocrinologia Veterinária (ABEV), Sofia Borin-Crivellenti, o diagnóstico é feito com base em sinais clínicos como sede excessiva, urina em grande volume, perda de peso e infecções recorrentes, além de exames que detectam hiperglicemia e glicosúria.
Nos cães, o diabetes mais comum é o tipo 1, caracterizado pela deficiência na produção de insulina. Isso significa que a insulinoterapia será necessária durante toda a vida. Já os gatos geralmente desenvolvem o tipo 2, com produção deficiente ou resistência à insulina. Em alguns casos felinos, é possível alcançar a remissão da doença, ou seja, o controle dos sintomas sem a necessidade de insulina por um período variável.
Tecnologia a favor da saúde
O uso de sensores de glicose, como o Freestyle Libre, tem revolucionado o tratamento do diabetes em pets. Eles permitem um controle contínuo e menos invasivo, evitando o estresse das picadas e contribuindo para um ajuste mais preciso da dosagem de insulina.
Final feliz começa com informação
Histórias como as de Elvis e Bento mostram que o diagnóstico de diabetes em pets não é o fim — é o início de uma nova rotina de cuidado, dedicação e amor. Com o apoio de tecnologias acessíveis, orientação veterinária e o olhar atento dos tutores, cães e gatos com diabetes podem viver plenamente.
Fique atento aos sinais e, ao menor sintoma, procure um veterinário. O cuidado começa com informação!