Doença é silenciosa e exige acompanhamento contínuo para garantir qualidade de vida aos pets
Durante o mês de maio, a campanha Maio Roxo mobiliza profissionais da Medicina Veterinária para alertar sobre as Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) em pets. A doença é uma condição crônica que pode afetar seriamente a saúde e o bem-estar de cães e gatos.
Essa doença provoca uma inflamação persistente no trato gastrointestinal e costuma apresentar sintomas como diarreia, vômito, perda de apetite, emagrecimento e dor abdominal. O problema é que muitos tutores acabam confundindo esses sinais com algo passageiro, como uma reação à mudança de ração ou ao estresse, o que pode atrasar o diagnóstico.
“É comum vermos tutores tratando episódios recorrentes de vômito ou diarreia como algo isolado. Mas a persistência desses sintomas deve ser levada a sério. O diagnóstico precoce é essencial para garantir qualidade de vida aos animais”, alerta o médico-veterinário Francis Flosi, diretor da Faculdade Qualittas.
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Diagnóstico detalhado é fundamental
Por se tratar de uma condição multifatorial, que pode envolver questões genéticas, imunológicas e ambientais, o diagnóstico da doença exige investigação criteriosa. Exames laboratoriais, ultrassonografia, endoscopia e até biópsias intestinais podem ser necessários para fechar o diagnóstico com precisão.
“Não existe um único exame que comprove a DII. É um processo de investigação cuidadoso, por isso é tão importante buscar um veterinário experiente assim que surgirem os primeiros sinais”, reforça Flosi.
Tratamento contínuo e vida com qualidade
Apesar de não ter cura, a inflamação pode ser controlada com acompanhamento veterinário, dieta especial, uso de anti-inflamatórios e, em alguns casos, antibióticos ou imunossupressores. O sucesso do tratamento depende da gravidade do quadro e da resposta individual do pet.
Um caso recente acompanhado por veterinários da rede Qualittas envolveu uma gata de 5 anos que apresentava emagrecimento e fezes amolecidas há meses. Após exames, foi diagnosticada com enterite linfoplasmocitária, um tipo de doença inflamatória intestinal. Com alimentação hipoalergênica e medicação adequada, ela voltou a ganhar peso e recuperar sua rotina saudável.
Conscientização e prevenção
Durante todo o mês de maio, a Faculdade Qualittas realiza ações de conscientização nas redes sociais e eventos com estudantes, tutores e profissionais da área, reforçando que o Maio Roxo também é uma causa animal.
“Nosso papel é ampliar o olhar dos futuros profissionais e alertar os tutores. Um sintoma aparentemente simples, como uma diarreia que não passa, pode ser sinal de algo mais sério. Precisamos ficar atentos”, conclui Francis Flosi.